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Emissão de cotas movimenta quase R$ 14 bi no ano e fundo imobiliário dobra de tamanho; HCTR11 dispara e entra em leilão

18 set 2023, 12:59 - atualizado em 19 set 2023, 12:38
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Índice de fundos imobiliários opera em queda, enquanto HCTR11 tenta se recuperar de tombo na semana passada (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Os fundos imobiliários aqueceram o mercado de ofertas subsequentes de ações (follow-ons) em 2023, com sucessivas emissão de cotas.

Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre as emissões no mercado de capitais brasileiro, os FIIs levantaram R$ 13,9 bilhões este ano, até agosto. Os valores não incluem as emissões de Fiagros. O total supera o registrado no mesmo período de 2022, de R$ 12,2 bilhões.

Em contrapartida, o número de operações é menor este ano, somando 116 emissões de cotas até o dia 31 do mês passado, contra 130 no mesmo período do ano anterior.

Segundo analistas, o gatilho para o movimento registrado de janeiro a agosto foi a expectativa de queda da taxa básica de juros (Selic), consolidada no mês anterior e que deverá ter continuidade nesta semana.

Na primeira semana de agosto, o Banco Central (BC) cortou a Selic pela primeira vez desde 2020, em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 13,75%. A projeção do mercado e a própria sinalização do BC indicam que a taxa deverá cair na quarta-feira (20) para 12,75%.

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Fundo imobiliário dobrou de tamanho com emissão de cotas

Um levantamento da Trix, plataforma de fundos imobiliários, aponta que há FIIs que até dobraram de tamanho após emissões de cotas, entre janeiro de 2022 e o mês passado. Um caso foi o TRX Real Estate (TRXF11), que aumentou em 105,3% no período.

Com investimentos em imóveis para gigantes do varejo como Assaí, GPA, Grupo Mateus e Leroy Merlin, o TRXF11 alcançou R$ 1,5 bilhão em valor de mercado. Por meio de três emissões de cotas, o FII captou R$ 600 milhões e, além disso, aumentou a sua base de 40 mil para mais de 100 mil cotistas.

O sócio da TRX Investimentos, Gabriel Barbosa, comenta que a receita obtida com as operações permitiu que fundo aumentasse a área bruta locável (ABL) em quase 100 mil metros quadrados, para 524,3 mil metros quadrados, adquirindo imóveis que estavam com preços descontados em meio ao cenário de crédito caro.

Desta forma, o aumento das receitas recorrentes vindas de aluguéis permitiu elevar dividendos para os investidores. No começo do ano passado, o valor pago era entre R$ 0,76 e R$ 0,80 por cota. No entanto, atualmente, o valor distribuído aos cotistas subiu para a faixa entre R$ 0,85 a R$ 0,90 por cota. “Crescimento perto de de 11%”, diz Barbosa.

Outro FII que cresceu foi o Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11), que viu o seu tamanho aumentar em 69% após emissões de cotas.

Ifix

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 abre a semana com sinal negativo após disparar na sexta-feira (15) e voltar a flertar com o caminho da máxima histórica, de 3.253 pontos.

Com isso, por volta das 12h55 (de Brasília), o Ifix recuava 0,12%, aos 3.230 pontos. Enquanto o volume financeiro era normal para o horário, de pouco mais de R$ 120 milhões, após movimentar o impressionante montante de quase R$ 1 bilhão no último pregão.



Entre os fundos listados no Ifix, o Hectare CE (HCTR11) mais uma vez liderava as altas ao disparar 9,9% e entrar em leilão. O FII tenta amenizar o tombo de mais de 30% na semana passada em meio ao corte de 66% do valor do dividendo pago aos cotistas. 

Por outro lado, o REC Recebíveis Imobiliários (RECR11) tinha a maior queda, de 2,8%.

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