Fundos imobiliários: É hora de comprar após o Ifix derreter mais um dia?

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 não para de cair e engatou o sétimo pregão seguido de sinal negativo. O índice fechou em queda de 0,57%, aos 2.914 pontos, no menor nível desde 16 de agosto.

Entre os fundos, as maiores altas ficaram com Rio Bravo Ifix (RBFF11) e XP Properties (XPPR11), que subiu 1,68% e 1,67%, respectivamente. Enquanto o Bluemacaw Logística (BLMG11) caiu 3,63%.

Por que o Ifix está caindo?

O assessor da SVN Investimentos, Vitor Matias, explica que o Ifix tem acumulado sucessivas quedas acompanhando o comportamento da curva de juros, que deu uma “esticada” nos últimos dias, com o mercado precificando uma taxa básica de juros (Selic) acima de 13,75% em 2023. Anteriormente, a expectativa era de redução da taxa Selic a partir do segundo semestre do próximo ano.

“Isso faz ter um deságio em todo o mercado de renda variável. Tanto que o Ibovespa caiu 2,5% hoje”, comenta Matias, acrescentando que está havendo um “efeito manada de desespero” no mercado de FIIs.

Segundo ele, isso levou até os fundos relacionados aos juros a caírem hoje.

“Como o mercado de fundos imobiliários é pequeno, qualquer volatilidade de um player maior, vendendo o fundo, leva o investidor pessoa física a vender no desespero. Hoje, os fundos de tijolo foram os que mais caíram, seguidos por alguns de papel, que são fundos de crédito”, observa.

É hora de comprar fundos imobiliários?

O assessor de investimentos comenta que, em um cenário como esse, a única coisa que dá para fazer é entender o que está acontecendo.

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“O mercado [financeiro] é um bicho incontrolável, às vezes, bipolar. Não tem como se proteger do efeito sistêmico, que é o efeito dos juros. É entender o mercado e estar cercado de profissionais que te auxilie em momentos como esse”, orienta.

Matias acrescenta que o investidor deve “enxergar um futuro melhor” e, se tiver bolso e caixa, é momento de comprar fundos e fazer posições.

“É uma oportunidade de compra porque eu desconfio que essa expectativa de caos que estão pintando no mercado de juros será efetiva nos próximos anos”, pondera.

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