Fundos imobiliários de tijolo aproveitam momento para faturar com venda de imóveis
Dois fundos imobiliários do segmento de tijolo aproveitaram o momento para vender ativos em São Paulo. Com isso, esses FIIs irão faturar milhões.
O RBR Properties (RBRP11) anunciou a venda da sua participação de 50% no ativo SLB Somos, por R$ 55 milhões. Porém, o valor deve chegar a R$ 57,2 milhões com as correções monetárias.
Contudo, o RBRP11 receberá R$ 28,6 milhões, conforme o percentual que detém no imóvel, que fica na avenida João Dias, no bairro Santo Amaro, e estava alugado para o grupo educacional Somos.
O comprador pagará o valor total em 36 parcelas mensais de quase R$ 1,6 milhão. O montante total da operação é equivalente a R$ 1,25 por cota. Ou R$ 0,034 por cota por mês.
Além disso, a taxa interna de retorno (TIR) da venda do imóvel, adquirido pelo FII em 2018, é de 22,84%, segundo comunicado do RBRP11.
FII vai lucrar R$ 0,40 por cota
Já o Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) vendeu um empreendimento na Vila Mariana, também na capital paulista, atualmente locada para o banco Santander.
Em comunicado, o FII diz que a operação foi no valor de R$ 16,8 milhões, equivalente a R$ 15,4 mil o metro quadrado. No entanto, o lucro do RBVA11 será de pouco mais de R$ 4,6 milhões – ou R$ 0,40 por cota.
Segundo o fundo imobiliário, o valor de venda foi 41,9% acima do valor de compra do imóvel e 8,6% maior que o valor do laudo de avaliação. A venda gerou TIR de 12,8%.
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Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) na B3 ainda não sabe o que é sinal de alta nesta semana.
Em viés de correção e acompanhando a deterioração dos ativos domésticos em meio aos desdobramentos da guerra entre Israel e palestinos, o Ifix rompeu o patamar de 3.180 pontos e renovou as mínimas desde o fim de julho.
Com isso, o índice de FIIs fechou o pregão desta quarta-feira (18) em queda de 0,30% (após ajustes), aos 3.174 pontos. O volume financeiro segue baixo e ficou perto de R$ 190 milhões, um dos menores do mês.
Entre os fundos listados, o CSHG Fundos de Fundos (HGFF11) liderou os ganhos, de 1,98%. O FII do Credit Suisse tenta se recuperar do tombo recente, de oito pregões seguidos desvalorização até a semana passada.
Por outro lado, o Hotel Maxinvest (HTMX11) registrou a maior queda, de 1,91%, em correção aos ganhos recentes. Apesar do recuo nesta quarta-feira, o fundo imobiliário ainda tem o maior salto do mês, de 9%.