Fundos imobiliários: De olho em rendimentos, Santander eleva exposição em híbrido e hedge fund; veja apostas de março
A carteira recomendada de fundos imobiliários do Santander não passou por mudanças, mas sofreu ajustes de alocação.
O cenário para o índice referência do setor (Ifix) da B3 segue positivo após emplacar mais uma alta mensal em fevereiro, a quarta seguida.
Em meio ao ciclo de cortes da taxa básica de juros (Selic), hoje em 11,25%, o Ifix renovou máximas históricas no mês passado e tende a continuar elevando o seu patamar à espera de um provável novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) da Selic no meio de março.
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Apesar de não ter entrada ou saída de FIIs, o Santander elevou as apostas no fundo híbrido TG Ativo Real (TGAR11), que voltou à carteira do banco em fevereiro. Agora, a instituição tem exposição de 5,0% no TGAR11.
Além dele, o banco aumentou a alocação em Valora Hedge Fund (VHGF11) pelo segundo mês seguido, de 3,5% para 5,0%. O VHGF11 passou a fazer parte da carteira recomendada em janeiro.
“Avaliamos que esses fundos seguirão sendo bons pagadores de rendimentos com estimativas de yield [rendimento] de aproximadamente 12% para os próximos 12 meses”, comenta o analista de FIIs do Santander, Flávio Pires.
Por outro lado, o banco reduziu a exposição em RBR Rendimentos High Grade (RBRR11), Santander Renda de Aluguéis (SARE11) e XP Malls (XPML11).
Carteira volta a ficar acima do Ifix
Após os ajustes, a carteira do Santander reduziu a aposta em ativos de recebíveis imobiliários (33%), enquanto o segmento logístico/industrial ficou com fatia de 17%, mas aumentou nos híbridos (13,5%).
Já a alocação em shoppings/varejo diminuiu para 13% e fundos de fundos (FoFs) continuou em 9,5%. Por sua vez, a exposição do Santander a escritórios seguiu em 9,0% e agora, é de 5,0% em hedge fund.
Em fevereiro, a carteira do banco teve alta de 0,88%, voltando a ficar acima do desempenho do Ifix (+0,79%). Porém, nos últimos 12 meses, o desempenho da carteira recomendada do Santander tem salto de 18,38%, um pouco abaixo do índice referência do setor, de +19,64%.
O desempenho considera tanto a valorização das cotas como a distribuição de rendimentos dos fundos imobiliários recomendados.
15 fundos imobiliários recomendados para março
Fundo | Ticker | Segmento | Peso | Retorno com dividendos (12m) |
---|---|---|---|---|
BTG Pactual Logística | BTLG11 | Logístico | 9,0% | 9,4% |
Vinci Logística | VILG11 | Logístico | 8,0% | 8,2% |
RBR Alpha Fundos de Fundos | RBRF11 | Fundos de fundos | 9,5% | 8,4% |
VBI CRI | CVBI11 | Recebíveis | 6,0% | 11,6% |
CSHG Recebíveis Imobiliários | HGCR11 | Recebíveis | 10,0% | 11,3% |
Kinea Rendimentos Imobiliários | KNCR11 | Recebíveis | 5,0% | 10,5% |
Mauá Capital Recebíveis Imobiliários | MCCI11 | Recebíveis | 10,0% | 11,0% |
RBR Rendimentos High Grade | RBRR11 | Recebíveis | 2,0% | 10,2% |
Santander Renda de Aluguéis | SARE11 | Híbrido | 3,5% | 10,5% |
TRX Real Estate | TRXF11 | Híbrido | 5,0% | 10,3% |
XP Malls | XPML11 | Shoppings | 8,0% | 9,7% |
Vinci Offices | VINO11 | Escritórios | 9,0% | 9,3% |
HSI Malls | HSML11 | Shoppings | 5,0% | 10,0% |
Valora Hedge Fund | VGHF11 | Híbrido | 5,0% | 12,0% |
TG Ativo Real | TGAR11 | Híbrido | 5,0% | 12,5% |