Arena do Pavini

Fundos imobiliários: cuidado com agências bancárias e shopping centers

20 fev 2018, 10:51 - atualizado em 20 fev 2018, 10:51

Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini

investidor que busca diversificação após a queda dos juros pode optar por fundos imobiliários, afirma Mauro Calil, estrategista para pessoas físicas do Banco Ourinvest. Mas é preciso tomar alguns cuidados. Ele diz que preferência deve ser por shopping centers, com alguns cuidados, e lajes corporativas e, em segundo plano, os escritórios comerciais. Ele desaconselha os fundos de agências bancárias, uma vez que a maioria dos grandes bancos estão fechando agências e aumentando o atendimento digital.

“A agência, que hoje é garantida, está ficando arriscada, pois tem banco afirmando que vale a pena pagar a multa e encerrar agora o aluguel da agência”, afirma Calil. “Alguns falam em fechar até 25% das agências até 2020, o que vai fazer os fundos imobiliários desse tipo passarem um aperto”, alerta.

Ele também não recomenda fundos imobiliários de um só imóvel, com exceção de shopping centers. “Antes era fácil vender um fundo de uma só laje, por exemplo, pois era fácil de o investidor entender, mas agora o risco é maior”, diz. “Para ser monoativo, tem de ser um bruta projeto”, diz.

Mesmo os fundos de shopping centers começam a representar um risco, diz Calil, lembrando que a tendência é de crescimento das vendas pela internet. “Os shoppings estão mudando seu perfil, de vendas de produtos para serviços”, diz. Segundo ele, recentemente, um gestor de shopping disse que um restaurante famoso respondia por 15% da ocupação de vagas do estacionamento no fim de semana.

“É isso, é serviço, as pessoas vão ao shopping menos para comprar e mais para se divertir, e os shoppings estão atentos a isso, abrindo mais salas de cinemas, de mais de uma rede, enquanto as lojas âncora perdem espaço”, explica. “O mix de serviços e lojas é que retêm a pessoa no shopping, como nos EUA.”

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