Fundos imobiliários concluem operação milionária e correm atrás do prejuízo no fim de mês
Os fundos imobiliários GGR Copevi (GGRC11) e CSHG Logística (HGLG11) concluíram a negociação envolvendo um imóvel localizado em Uberlândia (MG). Trata-se do CTR Centro Empresarial, adquirido pelo GGRC11 por R$ 253 milhões.
Ontem (30), houve a assinatura da escritura do empreendimento entre os FIIs. Com isso, foi acertado o pagamento da quarta parcela da operação, no valor de R$ 60 milhões. Desse montante, R$ 30 milhões foram pagos à vista. Já os outros R$ 30 milhões serão pagos em 15 de dezembro, diz os comunicados emitidos pelo GGRC11 e HGLG11.
O imóvel tem 89,1 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) e 204,5 mil metros quadrados de área de terreno. Atualmente, o espaço está totalmente alugado para a Americanas (AMER3).
Com isso, a partir de agora, o GGRC11 passa a receber o aluguel da varejista, hoje perto de R$ 1,9 milhão. O que representa incremento de R$ 386 mil, ou R$ 0,05 por cota, nas receitas de aluguel já recebidos pelo fundo.
Por outro lado, o HGLG11 – que vendeu o imóvel -, explica que a operação vai gerar lucro em regime de caixa de R$ 101,2 milhões, o equivalente a R$ 4,32 por cota. Contudo, os R$ 30 milhões pagos ontem implicará em lucro caixa de R$ 8,6 milhões, ou R$ 0,37 por cota, no primeiro semestre deste ano.
O fundo imobiliário que vendeu o imóvel ainda explica que o valor final a ser recebido é de R$ 287,5 milhões, o que corresponde a R$ 3,2 mil por metro quadrado. Desse valor total, já foram recebidos R$ 227,5 milhões, sem considerar a quarta parcela de R$ 60 milhões.
Por fim, o CSHG Logística reforça que o valor final de venda é 54,4% acima do total investido no imóvel, de R$ 186,2 milhões, e a taxa interna de retorno anualizada do investimento é de 17,2%.
Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 corre atrás do prejuízo acumulado em março e dispara no pregão desta sexta-feira (31), que encerra o mês.
Com isso, por volta das 12h20 (de Brasília), o Ifix avançava 0,70%, aos 2.755 pontos, após alcançar na véspera o menor nível desde o início de março de 2022. Ainda assim, o índice deve encerrar em queda pelo terceiro mês seguido.
Os fundos imobiliários listados no Ifix também correm atrás do prejuízo. Após o tombo recente, Hectare CE (HCTR11), Devant Recebíveis (DEVA11), Versalhes Recebíveis (VSLH11) e Iridium Recebíveis (IRDM11) lideravam os ganhos entre 3% e 7,7%.
Os FIIs tentam uma recuperação em meio aos calotes envolvendo o pagamento de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs), vencidos desde 20 de março. Com isso, o HCTR11 e o DEVA11 recuaram por quatro dias seguidos e desabaram 24%.
Em contrapartida, o fundo imobiliário XP Properties (XPPR11) liderava as quedas, no horário acima, de 2,8%, após fechar em alta por cinco pregões seguidos e acumular ganhos de 20%.