Fundos Imobiliários (FIIs): Como ser defensivo em um ano eleitoral?
Os ativos de renda variável, como os fundos imobiliários (FIIs), historicamente apresentam maior volatilidade em ano eleitoral. Além disso, a previsão de que a Selic termine o ano em 12,25% é outro fator desfavorável para o segmento.
Diante disso, a Órama Investimentos adotou uma postura mais defensiva em sua carteira de recomendações de FIIs, em fevereiro, ao priorizar os fundos de papel, especificamente os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
“FIIs de CRIs possuem ativos de renda fixa em suas carteiras, com diversas garantias, que trazem uma maior segurança e resiliência de fluxo de caixa. Tendo em vista que o mercado de FIIs é movido principalmente pelos dividendos distribuídos pelos fundos, esses FIIs acabam se beneficiando”, esclareceu Anna Clara Tenan, analista sênior de FIIs da Órama, ao Money Times.
A analista também explicou que os fundos que possuem maior exposição a operações indexadas a CDI, conseguem entregar periodicamente aos seus cotistas resultados crescentes, de acordo com a alta de juros.
Em relação aos fundos de tijolo, a Órama enxerga diversas oportunidades com descontos exagerados no mercado, porém entende que a retomada de preços deve ser observada no médio e longo prazo.