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Fundos Imobiliários: Como montar uma carteira sólida com dividendos mensais

22 maio 2023, 12:34 - atualizado em 22 maio 2023, 12:34
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“Ao selecionar um FII, é relevante considerar não apenas a frequência da distribuição de dividendos, mas também a consistência histórica”, discorre o colunista (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Muitos investidores têm como estratégia aumentar seu patrimônio por meio do ganho de capital, ou seja, vendendo ativos adquiridos no mercado financeiro.

No entanto, há também aqueles que buscam construir uma carteira de investimentos com foco em receber dividendos regularmente. Uma das grandes vantagens dessa abordagem é que não é necessário vender as cotas dos ativos para obter lucro, e, a longo prazo, os dividendos podem potencializar o crescimento do patrimônio.

No que diz respeito a esta segunda opção, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) tendem a ser interessantes para quem busca receber proventos mensalmente. Por lei, eles são obrigados a distribuir, no mínimo, 95% dos lucros — quando houver resultado a ser distribuído — na forma desses proventos, no mínimo semestralmente.

Essa obrigatoriedade de distribuição periódica de proventos torna os FIIs atrativos para investidores que desejam uma fonte de renda regular.

É importante destacar que a distribuição de proventos pode variar de acordo com cada fundo. Enquanto alguns fundos optam por fazer a distribuição mensalmente, outros optam por distribuições trimestrais ou semestrais.

Portanto, ao selecionar um FII, é relevante considerar não apenas a frequência da distribuição de dividendos, mas também a consistência histórica do fundo em relação à distribuição de proventos ao longo do tempo.

Dessa forma, os investidores podem buscar FIIs que se adequem às suas necessidades de renda mensal e preferências de distribuição de proventos, permitindo uma construção de carteira mais alinhada aos seus objetivos financeiros.

Portanto, para aqueles que desejam receber proventos regularmente, é essencial saber como escolher o FII adequado, levando em consideração não apenas o período de distribuição dos dividendos, mas também a rentabilidade e o tipo de fundo no qual se deseja investir.

De forma geral, existem três tipos de FIIs: fundos de papel, fundos de tijolo e fundos de fundos. Cada um deles possui características específicas, as quais podem ser exploradas em outro artigo. Neste, iremos focar na questão do recebimento de dividendos mensais.

Receber dividendos mensalmente potencializa o rendimento da carteira, especialmente quando os valores recebidos são reinvestidos. Além disso, os dividendos geram uma renda passiva, ou seja, uma fonte de renda que não requer esforço ativo.

Portanto, quanto maior o retorno dos dividendos, melhor. Para fazer a escolha certa, é necessário saber como analisar um fundo imobiliário antes de investir. Dessa forma, é possível selecionar as alternativas que atendam aos critérios desejados, como a distribuição frequente dos resultados.

Primeiramente, é importante conhecer a estratégia adotada pelo fundo. A análise da lâmina e dos demais materiais divulgados pode fornecer informações sobre como a gestão aloca os recursos e qual o potencial do FII para distribuição de dividendos.

Nesse momento, é relevante compreender o tipo de FII (de papel, de tijolo ou de fundos) e os critérios utilizados para compor o portfólio. Assim, você entenderá a tese de investimento por trás do fundo e poderá analisar os riscos e o potencial de retorno desse veículo financeiro. Essa etapa é essencial para selecionar um fundo alinhado à tolerância aos riscos e aos objetivos do investidor.

Para identificar quais fundos imobiliários pagam dividendos mensais, é especialmente importante focar nos indicadores relacionados aos proventos.

Um desses indicadores é o dividend yield (DY), que representa a relação entre os dividendos pagos por cota e o valor da cota do FII em um determinado momento. O dividend yield permite estimar o retorno que pode ser obtido na forma de dividendos. Geralmente, os fundos que apresentam um DY mais alto são os melhores pagadores de dividendos.

Caso necessário, compare o dividend yield entre FIIs do mesmo tipo. Isso facilitará a compreensão de quais fundos têm um desempenho melhor nesse aspecto. No entanto, é importante lembrar que o pagamento de dividendos está sujeito ao lucro do fundo, o qual não é garantido. Portanto, o DY funciona como um indicativo e não como uma promessa de pagamento de proventos.

Além do dividend yield, existem outros indicadores importantes a serem considerados ao avaliar um FII, dependendo do seu tipo. Se for um fundo de tijolo, por exemplo, é essencial conhecer a taxa de vacância.

Essa taxa representa a proporção de área vaga em relação à área bruta locável (ABL) do fundo. Uma taxa de vacância alta pode indicar uma demanda insuficiente por parte dos inquilinos, o que pode impactar negativamente o rendimento do fundo, a distribuição de dividendos e o alcance dos objetivos do investidor.

Outro indicador relevante é a taxa de capitalização, também conhecida como cap rate. Essa taxa indica a relação entre o rendimento anual gerado pelo imóvel e o seu valor patrimonial.

Ao analisar a taxa de capitalização, os investidores podem identificar FIIs que têm um potencial de serem mais rentáveis em relação ao valor dos imóveis que compõem o fundo. Isso pode ser um critério importante para aqueles que buscam maximizar os retornos dos seus investimentos.

Além disso, ao considerar investir em FIIs, é fundamental analisar o histórico de desempenho do fundo. Isso permite ao investidor entender como o fundo se comportou ao longo do tempo, especialmente diante de eventos significativos no mercado imobiliário ou financeiro.

Avaliar o desempenho passado pode fornecer insights valiosos para a tomada de decisões de investimento, embora seja importante ressaltar que o desempenho passado não garante resultados futuros.

Ao considerar esses indicadores e informações adicionais na análise de FIIs, os investidores estarão mais bem equipados para tomar decisões informadas e construir uma carteira de investimentos de FIIs com potencial de gerar dividendos consistentes e alinhados com seus objetivos financeiros.

Outro indicador importante é a taxa de capitalização ou cap rate. Essa taxa indica a relação entre o rendimento anual do imóvel e o seu valor patrimonial. Analisar o cap rate pode auxiliar na escolha de FIIs que têm maior potencial de rentabilidade.

Além disso, é recomendável considerar o histórico de desempenho do FII. Isso permitirá ao investidor entender os resultados acumulados e como o fundo se comportou diante dos principais eventos do mercado.

No entanto, é importante ressaltar que o desempenho passado não garante um desempenho futuro. Os investimentos em FIIs são de renda variável e estão sujeitos aos riscos de mercado.

Ao seguir esses passos, o investidor poderá desfrutar dos benefícios de obter uma renda passiva por meio de dividendos. No entanto, é crucial alinhar as decisões de investimento à própria capacidade de tolerar os riscos do mercado.