Fundos imobiliários brilham em maio e DEVA11 dispara quase 40%
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou o pregão desta quarta-feira (31) do mesmo jeito que encerrou outros 18 ao longo de maio, em alta.
Com isso, o Ifix subiu 0,35% (após ajustes), após acelerar os ganhos na reta final da sessão, aos 3.013 pontos. Esse foi o maior nível de fechamento desde o fim de fevereiro 2020.
Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, dois lideraram as altas, de 2,22%. Foram os FIIs Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) e o VBI Log (LVBI11). Enquanto o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) ficou um pouco atrás, com ganhos de 2,19%.
Por outro lado, a queda de 4,02% do RBR Properties (RBRP11) foi a maior do dia.
Céu azul para fundos imobiliários
Maio foi um mês de céu azul e sol brilhando para os fundos imobiliários. Sendo assim, o Ifix fechou o mês com valorização de 5,43%, na maior alta percentual desde agosto do ano passado. Além disso, o índice engatou o segundo mês seguido de alta e teve um dos melhores desempenhos entre os listados na B3.
O sócio e diretor executivo da gestora Empírica, Roberto Sampaio, destaca que os FIIs sentiram os efeitos da queda das taxas futuras de juros em meio ao avanço na condução na política fiscal do país.
“O mercado já começa a enxergar um cenário melhor, mais baixo de taxa de juros. E como os fundos imobiliários estão atrelados a esse cenário, há uma expectativa mais promissora”, comenta.
Contudo, ele acrescenta que, com a redução de incertezas futuras, o mercado tem se mostrado mais disposto a investir em FIIs.
A forte valorização do Ifix no mês veio dos fundos de papel. Sampaio comenta que, com a decisão da justiça de garantia aos CRIs envolvidos na falta de pagamento da Gramado Parks (GPK) e com a “questão encaminhada”, os fundos de recebíveis tiveram um desempenho favorável.
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Fundos imobiliários que mais subiram e caíram
Sendo assim, o Devant Recebíveis (DEVA11) liderou os ganhos do mês ao disparar 39,05% em maio, depois de tombos de 33,8% em março e de 14,7% em abril. Já o Hectare CE (HCTR11) saltou 30,63%.
Por outro lado, o REC Renda Imobiliária (RECT11) registrou a maior queda do mês, de 2,71%. Só ontem, o fundo imobiliário despencou 10% ontem, com investidores reagindo negativamente a operação de amortização de CRIs para a aquisição do Edifício Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Evento que deverá impactar o caixa do fundo e, consequentemente, reduzir a distribuição de dividendos em mais de 25%. Passando de R$ 0,54 por cota nas distribuições anteriores para R$ 0,40 por cota em meio às mudanças na operação, anunciadas na segunda-feira.
O RECT11 fechou o pregão com o segundo pior desempenho, de 2,64%.