Fundos imobiliários: BB Investimentos faz dança das cadeiras de olho em valor patrimonial; veja a seleção de março
Em meio ao clico de cortes da taxa básica de juros (Selic), que tem resultado em sucessivas máximas históricas do índice de fundos imobiliários (Ifix) e em sequência de ganhos mensais, o BB Investimentos promoveu mudanças em sua carteira recomendada para este mês.
Com isso, o banco retirou da carteira “Renda” o fundo Kinea Fundo de Fundos (KFOF11) e incluiu o Plural Recebíveis Imobiliários (PLCR11).
“Embora o KFOF11 tenha um portfólio de qualidade, já estava devidamente precificado no P/VP [preço/valor patrimonial] de mercado e apresentava um dividend yield [retorno com dividendos] em torno de 9%, abaixo da média do segmento de fundos de fundos“, comentam os analistas André Oliveira e Victor Penna sobre a retirada do FII.
A aposta no PLCR11 deve-se, segundo eles, à estratégia de alocação em crédito privado que resulta em excelente relação risco retorno, bom nível de dividendo e pode aumentar a atratividade em função das novas normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) a respeito das emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
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BB desiste de fundo de shopping
Além disso, o BB promoveu uma dança das cadeiras na carteira “Ganho de capital”, substituindo o Hedge Brasil Shoppings (HGBS11) pelo CSHG Fundo de Fundos (HGFF11).
Oliveira e Pena observam que o fundo imobiliário de shoppings é um dos principais do segmento, além de ter um bom portfólio e DY na casa dos 9% ao ano. “No entanto, o HGBS11 já muito próximo do seu valor patrimonial para seguir na carteira com foco em ganho de capital”, dizem.
Contudo, eles acrescentam que a entrada do HGFF11 na carteira é devida a sua diversificação entre fundos de papel e de tijolo, tendo um dividend yield de 9,4% ao ano, enquanto as cotas estão negociadas com desconto perto de 10%.
Diferentemente de outras casas de investimentos, o BB divulga duas carteiras de fundos imobiliários mensais, mas cada uma com objetivo diferente.
Em fevereiro, a carteira “Renda” apresentou DY ponderado de cerca de 11,1%, anualizados, acima dos 10,1% da carteira teórica do Ifix. Já o DY da carteira “Ganho de capital” ficou em 10,8%, acima da carteira teórica do índice de FIIs.
Quanto ao desempenho das carteiras, a de renda fechou o mês passado com ganhos de 0,32%, contra +0,79% do Ifix. Por sua vez, a de ganho de capital exibiu ganhos de 0,51%.
Carteira renda
Carteira FII Renda | ||||
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Fundo | Ticker | Segmento | Peso | Retorno do dividendo (12m) |
XP Selection | XPSF11 | Fundo de fundos | 12,5% | 10,7% |
REC Recebíveis Imobiliários | RECR11 | Recebíveis | 12,5% | 12,2% |
Plural Recebíveis | PLCR11 | Recebíveis | 12,5% | 12,6% |
Valora CRI | VGIP11 | Recebíveis | 12,5% | 11,4% |
Kilima Fundo de Fundos | KISU11 | Fundo de fundos | 12,5% | 10,5% |
Riza Terrax | RZTR11 | Agro | 12,5% | 12,1% |
TG Ativo Real | TGAR11 | Residencial | 12,5% | 13,2% |
XP Crédito Imobiliário | XPCI11 | Recebíveis | 12,5% | 12,3% |
Carteira ganho de capital
Carteira FII Ganho de Capital | ||||
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Fundo | Ticker | Segmento | Peso | Retorno do dividendo (12m) |
Brasil Plural Fundo de Fundos | BPFF11 | Fundo de Fundos | 12,5% | 10,3% |
Riza Arctium | RZAT11 | Logística | 12,5% | 13,1% |
CSHG Fundo de Fundos | HGFF11 | Fundo de Fundos | 12,5% | 9,3% |
Banestes Recebpiveis | BCRI11 | Recebíveis | 12,5% | 12,2% |
RBR Alpha | RBRF11 | Fundo de Fundos | 12,5% | 8,7% |
RBR Log | RBRL11 | Logística | 12,5% | 9,6% |
Mérito Desenvolvimento | MFII11 | Residencial | 12,5% | 12,5% |
Vinci Shopping Centers | VISC11 | Shoppings | 12,5% | 8,3% |