Fundos Imobiliários

Fundos imobiliários: Arton Advisors aloca R$ 50 milhões em um dos maiores pagadores de dividendos da indústria

03 set 2022, 15:00 - atualizado em 02 set 2022, 17:44
Fundos imobiliários
Sylvio Martins, sócio da Arton Advisors, fala sobre decisão de investir no VGHF11 (Imagem: Reprodução)

A boutique financeira Arton Advisors atingiu recentemente a marca de R$ 50 milhões alocados no fundo imobiliário Valora Hedge Fund (VGHF11), que figura entre os maiores pagadores de dividendos da indústria de FIIs.

No mês passado, o VGHF11 ocupava a quarta posição entre os maiores pagadores de proventos, com retorno de dividendos (dividend yield) de 17,41% nos últimos 12 meses, segundo dados compilados pelo Clube FII.

Atualmente, o aporte da Arton Advisors representa cerca de 10% do patrimônio líquido VGHF11. Porém, o interesse da casa no FII surgiu ainda na abertura de capital (IPO) do VGHF11, em março de 2021.

De lá para cá, a Arton tem aumentado o aporte gradualmente no fundo. Para entender melhor o motivo da aposta da casa no VGHF11, o Money Times conversou com Sylvio Martins, sócio e analista de produtos alternativos da Arton. Confira a entrevista abaixo.

MT: Por que vocês decidiram investir no VGHF11?

SM: Quando analisamos a estratégia do VGHF11, o que nos chamou a atenção foi a grande flexibilidade que o fundo possui para fazer alocações em diferentes instrumentos do segmento imobiliário. Isso porque sabemos que o setor é extremamente cíclico. Desta forma, há momentos em que faz mais sentido estar alocado na dívida e outros em que faz mais sentido estar alocado no tijolo propriamente dito. [Portanto], o que nos chamou bastante atenção foi justamente o fato do fundo não ficar restrito a alocar, por exemplo, só em tijolo ou em CRIs. Ele faz um blend com esses componentes, o que, obviamente, traz maior facilidade de navegar nesse mercado que é muito cíclico.

MT: Isso significa que o gestor pode alterar a carteira do fundo sem passar por uma assembleia, por exemplo?

SM: Na verdade, o fundo possui um regulamento amplo e com alguns limitantes. Ele não pode, por exemplo, exceder a exposição da carteira em 10% de ações do segmento imobiliário. Se o gestor quiser fazer um movimento mais arriscado, ele vai precisar das aprovações.

MT: Mesmo com uma estratégia flexível e um patamar elevado de dividendos, as cotas do VGHF11 foram lançadas a R$ 10, o que você pensa sobre isso?

SM: Grande parte dos fundos imobiliários possuem a cota a quase R$ 100, a escolha de colocar a cota do VGHF11 a R$ 10 foi uma sacada do gestor para trazer mais investidores e mais liquidez.

MT: Estamos em um cenário de arrefecimento da inflação e parte da carteira do VGHF11 é indexada ao IPCA, isso não te preocupa?

SM: A carteira do VGHF11 tem diversos instrumentos para geração de renda, como, por exemplo, fundos de logística, que tiveram uma melhora neste mês. Claro que quando você olha para a carteira hoje, ela tem sim uma concentração maior de IPCA, mas ela tem uma exposição muito grande em CDI, o que gera um carrego maior do que outras estratégias. Então, não é algo que nos preocupa muitos, até porque há papéis que rodam IPCA+9 ou IPCA+10.

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Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
zeca.ferreira@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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