Fundos imobiliários: Aluguel em atraso impacta dividendos e maior sequência desde agosto
O fundo imobiliário Max Retail (MAXR11) informou ao mercado que, até segunda-feira (08), um de seus locatários não havia feito o pagamento total do aluguel vencido em abril, referente a março.
Com isso, a distribuição de dividendos do fundo teve impacto negativo de R$ 0,08 por cota. Apesar de não citar nomes, um grande inquilino do MAXR11 é a Americanas (AMER3). No mês passado, o FII enviou mensagem similar a essa aos seus cotistas.
Porém, em comunicado, o FII reforça que a sua administradora, o BTG Pactual, vem trabalhando em conjunto com o consultor imobiliário do fundo para fazer jus aos valores em aberto.
Inquilino ‘pedra no sapato’
Contudo, o relatório gerencial do MAXR11, divulgado no fim de abril, destacou que a Americanas segue sendo “pedra no sapato” do fundo.
Prestes a completar quatro meses que a varejista informou ao mercado que passava por uma situação financeira delicada ao expor um rombo contábil na companhia, o MAXR11 afirma que está sem receber R$ 514,1 mil, referente ao aluguel de dezembro de 2022 e vencido desde janeiro.
Sendo assim, o FII destaca que a dívida “está sendo tratada como crédito concursal. Ou seja, como um crédito existente no dia do protocolo do pedido de recuperação judicial e sujeito aos efeitos do processo”. Além disso, a Americanas também não fez o pagamento integral dos aluguéis de janeiro e fevereiro deste ano, vencidos entre fevereiro e março.
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Sobre a locação de fevereiro, o fundo diz que deixou de receber a diferença do valor do aluguel, no qual teve reajuste mensal em janeiro, passando para R$ 601,1 mil. O que representa uma diferença de R$ 86,9 mil, resultando em inadimplência mensal de 14,46%.
Seis imóveis do portfólio do MAXR11 estão alugados para a varejista, sendo em Brasília, Belém, Vitória, Maceió e em Nilópolis, no Rio de Janeiro. De acordo com o relatório gerencial, em março, o segmento lojas de departamentos, dominado pela AMER3, mantinha sua participação de 61,66% nas receitas do FII.
Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 segue em terreno positivo, caminhando para engatar o décimo pregão seguido de alta, na maior sequência de ganhos desde agosto do ano passado.
Por volta das 11h30 (de Brasília), o Ifix tinha leve alta de 0,07%, aos 2.912 pontos, ainda no maior patamar desde novembro.
Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, mais uma vez, o destaque do dia é um fundo de papel. No horário acima, o Versalhes Recebíveis (VSLH11) subia 3,1%. Em contrapartida, o AF Invest CRI (AFHI11) exibia a maior queda, perto de 2%.