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Fundos imobiliários afundam com inadimplência de CRIs; FII de lajes vende imóvel em SP

29 mar 2023, 11:34 - atualizado em 29 mar 2023, 11:37
fundos imobiliários prédios
Índice de fundos imobiliários opera em queda e volta aos menores níveis desde maio de 2022 seguindo tombo de FIIs de papéis (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O fundo imobiliário BM Brascan Lajes Corporativas (BMLC11) assinou em 24 de março a venda de quatro conjuntos no 15º andar do Edifício Brascan Century Corporate, no Itaim Bibi, em São Paulo.

Segundo o fundo, a venda dos imóveis soma R$ 9,1 milhões e a compra foi feita pelas empresas Kabal Empreendimentos e Arcanjo Boats, que pertencem ao Grupo Náutica.

Além disso, com a conclusão da venda do empreendimento, o fundo deixará de receber aluguel da locatária, o que deverá impactar negativamente na distribuição de rendimentos em R$ 0,06 por cota.

Cada uma das empresas vai adquirir dois conjuntos e pagará R$ 4,5 milhões pelos imóveis. Em relação ao pagamento, já foi adiantado pela Kabal e pela Arcanjo Boats R$ 916 mil, cada, o equivalente a 20% do valor total de venda.

Agora, cada uma delas pagará 50% do valor total, equivalente a perto de R$ 2,3 milhões, 30 dias após a assinatura do contrato. Por fim, os 30% restantes serão quitados após 60 dias da assinatura do contrato de compra e venda. Com isso, a Kabal e a Arcanjo Boats pagará a parcela final de R$ 1,3 milhão, cada.

Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera em queda no pregão desta quarta-feira (29). Com isso, por volta das 11h35 (de Brasília), o Ifix recuava 0,22%, aos 2.758 pontos, voltando ao menor nível desde maio de 2022.



Entre os fundos imobiliários, o destaque de alta ficava com o Ourinvest JPP (OUJP11), que subia 1,20%.

Em contrapartida, os FIIs Hectare CE (HCTR11), Versalhes Recebíveis (VSLH11), Devant Recebíveis (DEVA11) e Tordesilhas EI (TORD11) despencavam entre 6,2% e 9,5% no horário acima.

Isso porque esses fundos divulgaram hoje, por meio de fatos relevantes, que a Forte Securitizadora (Fortesec) não fez o pagamento de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs) vencidos em 20 de março. Segundo os fundos imobiliários, “não há qualquer notícia do adimplemento de tais obrigações”.

O HCTR11 listou 28 instrumentos financeiros em atraso, enquanto o VSLH11 listou 16. Já o TORD11 reportou cinco instrumentos financeiros e por sua vez, o DEVA11 listou 22 operações.

Desde segunda-feira, o mercado reage negativamente à decisão da justiça, na semana passada, de que o grupo gaúcho Gramado Park (GPK) ficará suspenso por 60 dias de pagar recebíveis à Fortesec.

Essas operações reportadas pelos quatro fundos imobiliários envolvem CRIs da GPK, já que eles são emitidos pela securitizadora.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
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