Fundos imobiliários: 4 segmentos para ficar atento em 2023 e ter ganhos
O desempenho de fundos imobiliários em 2022, principalmente, de tijolo deixa investidores apreensivos para o que vem no próximo ano. Apesar das incertezas econômicas e política, nem tudo está perdido e há segmentos que devem continuar crescendo e pode fazer você ter ganhos.
O analista de FIIs da NuInvest, José Falcão, avalia que os fundos de papel trazem um rendimento maior no ambiente inflacionário.
“Eles têm proteção do capital ao longo do tempo, pois os ativos da sua carteira [CRIs] sofrem correção monetária pelos principais índices de inflação“, comenta.
Fundos imobiliários de tijolo podem continuar sendo aposta
Enquanto os fundos de tijolo, aqueles que têm imóveis, se beneficiam da valorização da cota no longo prazo, possibilitando o ganho de capital.
“Os imóveis adquiridos tendem a ter uma valorização do metro quadrado ao longo do tempo e isso acaba sendo repassado para o preço da cota, além dos rendimentos mensais que esse tipo de FII também proporciona”, explica o Falcão.
Diante disso, a recomendação do analista é manter uma proporção equilibrada com 50% de fundos de tijolo e 50% de papel na carteira de investimentos. Além disso, procurar por fundos com baixo custo de taxa de administração.
Segmentos que devem ser destaque em 2023
Segundo Falcão, para manter uma carteira diversificada, quatro segmentos de FIIs devem manter o crescimento no próximo ano e são indicados pela NuInvest. O primeiro é o de shopping.
“O setor está em forte recuperação nas vendas e ocupação das lojas. O nível de inadimplência e descontos concedidos aos lojistas estão caindo a níveis abaixo de 5% para os FIIs que recomendamos e tudo isso é sinônimo de mais receita daqui para frente”, comenta.
O fundo segmento é o logístico no qual, para Falcão, o crescimento do e-commerce vai continuar favorecendo esses ativos que possuem uma taxa de vacância baixa. Além de terem ativos localizados em regiões estratégicas para distribuição de mercadorias, alto padrão construtivo e contratos atípicos de longo prazo.
O analista também sugere fundos de renda urbana, em que o segmento vem se provando resiliente com imóveis em locais valorizados e privilegiados dentro dos centros urbanos e com flexibilidade de adaptação aos inquilinos. E por fim, fundos de recebíveis, “importantes instrumentos de proteção em momentos de juros e inflação elevados”, diz.