Fundos imobiliários: 2022 pede portfólio “mais defensivo”
O ano de 2022 pede um portfólio mais defensivo, com a escolha de ativos de maior qualidade pelos investidores, para driblar a corrida eleitoral e o risco fiscal que pairam no Brasil.
No caso dos fundos imobiliários (FIIs) não é diferente a seleção. Para identificá-los, o analista Caio Ventura, da Guide Investimentos, lista alguns atributos.
Construções em terrenos mais bem localizados, com baixo risco de crédito e contratos de longo prazo são fatores que o investidor deve pesar na decisão, argumenta Ventura.
Como exemplo, o especialista destaca que a tese do TRX Real Estate (TRXF11) – fundo de tijolo que possui mais de 80% do seu portfólio composto por lojas alugadas para redes supermercadistas –, não sofreu impactos significativos durante a pandemia, graças ao “setor bem-posicionado e ao modelo operacional essencial”.
De acordo com Gabriel Pereira, assessor especializado da Acqua-Vero, a queda do mercado de FIIs ao longo de 2021 não se deu por fragilidades do setor imobiliário, e sim por fatores macroeconômicos, como risco fiscal e eleições.
Os FIIs no setor de tijolos estão atrativos com chances de mitigar a oscilação do mercado em longo prazo, segundo o assessor, ao reforçar a importância de teses bem estruturadas.
Outro segmento que deve ser acompanhado de perto, dizem os especialistas, é o setor de shoppings, uma das classes mais impactadas durante a pandemia.
Pereira explica que, mesmo não tendo plena recuperação até agora, os shoppings podem indicar uma retomada caso o volume de vendas nesse final de ano seja representativo.
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