Fundos estruturados têm melhor janeiro em 30 anos, e expectativa é de mais crescimento; entenda
As operações de emissões de fundos estruturados registaram o melhor resultado em volume e quantidade desde os últimos 30 anos. Em janeiro deste ano, segundos os dados da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), o mercado fechou em R$ 35,9 bilhões.
De acordo com o histórico, durante esse período de 30 anos, o maior volume registrado até então havia sido em janeiro de 2012, com um montante de R$ 21,9 bilhões.
Dentre os fundos estruturados utilizados para a elaboração deste estudo estão: CRA, CRI, CR, Fiagro, Fidc, FII, FI-Infra, debentures, notas comerciais e notas promissórias.
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Segundo a diretora de desenvolvimento de negócios da Bloxs, Jéssica Mota, esse recorde não é uma surpresa. O início do corte de juros no Brasil motivou empresas a captarem dinheiro no mercado por meio dos fundos estruturados, já que é uma opção mais vantajosa do que a abertura de capital na bolsa.
“O mercado estava segurando um pouco; no último trimestre é que as coisas realmente começaram a avançar. Eu acredito que esse represamento vai fazer com que 2024 seja um ano bem atípico com relação ao volume de emissões mesmo. E isso era um palpite que a gente tinha já no ano passado”, diz a diretora.
Para o investidor local, Mota destaca que essa foi uma boa oportunidade de obter ganhos além do mercado de renda variável, que sofria com os juros americanos no ano passado.
“A renda fixa é um título de dívida, é um crédito estruturado, e você tem uma certeza maior de recebimento. Lógico que existem os default, mas acaba tendo uma certeza maior”, explica.