Fundos de Previdência têm nova classificação para facilitar a comparação de desempenhos
Entrou em vigor neste mês a nova classificação de fundos de previdência privada aberta da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Com isso, passam a existir 23 tipo de estratégia de fundos de previdência aberta, ante sete do modelo anterior. A nova classificação foi antecipada pelo Portal do Pavini.
A classificação detalha melhor as várias estratégias que os gestores podem seguir para os fundos PGBL e VGBL, para que o investidor saiba o que vai ser feito com o dinheiro e também comparar melhor o risco e os desempenhos dos gestores.
Havia muita dificuldade em comparar os fundos de previdência porque as classificações eram muito amplas e não deixaram claro o que cada gestor podia fazer.
A medida complementa a ferramenta criada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para comparar os fundos e que leva em conta também a tábua atuarial de cada plano. E vem no momento em que novos gestores independentes chegam ao mercado oferecendo alternativas diferentes da tradicional renda fixa para a previdência e mais investidores procuram trocar de fundo em buscar de melhor rentabilidade.
Segundo a Anbima, o modelo da nova classificação foi a já adotada pelos fundos de investimentos desde 2015, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atualizou as regras dos fundos de investimentos pela Instrução CVM 555.
Na renda fixa, por exemplo, as novas subdivisões consideram os prazos e riscos dos ativos. Nos multimercados balanceados, o texto foi adequado à Resolução CMN 4.444, que possibilita um limite maior de alocação em renda variável, explica a Anbima.
O avanço desse segmento está muito relacionado à estabilização da economia, ao avanço da reforma da Previdência e à queda dos juros, que estimula os investidores a buscarem diversificação das suas aplicações financeiras, afirma Carlos André, vice-presidente da Anbima.
“Com essa atualização, nosso objetivo foi deixar mais claras as estratégias utilizadas em cada produto e retratar de forma mais fiel o que mercado está praticando”, completa.
Antes de vigorar, a proposta da nova classificação passou por audiência pública para consulta do mercado. Os fundos de previdência acumulam patrimônio líquido de R$ 740,1 bilhões. Até setembro, a captação líquida desses produtos no ano é de R$ 26 bilhões.