Fundos de Investimento

Fundos de investimento têm novas regras, com investidor pessoa física mais globalizado

17 jan 2023, 15:31 - atualizado em 17 jan 2023, 15:31
Bolsas Asiáticas
Fundos de investimento para investidor pessoa física poderá ter exposição de até 100% fora do Brasil, com resolução CVM 175. (Imagem: Reuters/Aly Song)

Os fundos de investimento estão se tornando cada vez mais acessíveis e democráticos para o investidor pessoa física, permitindo que tais investidores possam estar até 100% expostos aos mercados globais por meio das aplicações em FIDCs e FIF, com uma nova resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Tanto os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), quanto os fundos de investimento financeiro (FIF), que são voltados a investidor pessoa física, não estão mais limitados a uma exposição máxima de 20% do portfólio fora do Brasil, que agora pode chegar até 100% no exterior.

Os investidores qualificados (aqueles que possuem mais de R$ 1 milhão investido em bolsa) já tinham um limite nesses tipos de fundos de até 40% do capital no exterior.

Para João Pedro do Nascimento, presidente da CVM, a nova norma abre espaço para que a indústria de fundos brasileira, que já é muito relevante inclusive em termos internacionais, avance ainda mais.

“Temos 28 mil fundos, com 25 milhões de cotistas. Pelos números oficiais da Iosco (International Organization of Securities Commissions), o Brasil, sob a ótica dos fundos de investimento, é a quarta maior indústria do mundo”, disse.

E a expectativa, segundo ele, é que os números sejam ainda mais positivos ao longo dos próximos anos.

Por conta das taxas de juros elevadas, os fundos encerraram 2022 com mais resgates do que aplicações, uma saída líquida de R$ 162,9 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

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Fundos de investimentos para pessoa física

O investidor pessoa física brasileiro ganhou mais um tipo de investimento como opção na categoria de renda fixa, com rentabilidades rondando os 120% do CDI. Você ainda ouvirá muito sobre os FIDCs em 2023.

Os FIDCs (pronuncia-se “fidíques”, como uma palavra, e não uma sigla) fazem parte da categoria de renda fixa e são um tipo de fundo de crédito estruturado que, desde a sua criação em 2001, estavam restritos aos investidores qualificados e profissionais, pessoas que já têm milhões investidos na Bolsa de Valores.

No entanto, a entidade reguladora do mercado de capitais brasileiro, anunciou no dia 23 de dezembro de 2022 uma revisão normativa que, entre outras mudanças à indústria de fundos, autoriza o investimento pelo público em geral nos FIDCs.

Parentes das debêntures, os FIDCs aplicam em títulos de créditos a receber de uma empresa.