Renda Variável

Fundos de ações registram saques líquidos pela primeira vez em 2020

09 dez 2020, 7:21 - atualizado em 09 dez 2020, 10:05
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Em volume financeiro, o destaque positivo fica com os fundos multimercados (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Os fundos de investimento tiveram resgates líquidos de R$ 20,4 bilhões em novembro, impactados pela classe renda fixa, que respondeu por 92,5% das retiradas.

Conforme dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), foi o segundo mês consecutivo de saídas líquidas – e o quinto no ano. As retiradas, entretanto, foram 65% menores do que em outubro, quando somaram R$ 58,7 bilhões.

No acumulado do ano até novembro, a indústria registra captação líquida de R$ 126,8 bilhões.

Em volume financeiro, o destaque positivo fica com os fundos multimercados, que tiveram captação líquida positiva de R$ 1,5 bilhão em novembro e de R$ 93,9 bilhões no acumulado do ano – em apenas um mês (abril) a classe computou resgates superiores às aplicações.

A captação líquida do mês, entretanto, foi a menor do ano.

Os fundos de ações, por sua vez, tiveram em novembro as primeiras saídas líquidas do ano (R$ 1 bilhão). De janeiro até novembro, entretanto, a conta fecha no azul: R$ 66,9 bilhões.

Já os fundos de renda fixa tiveram o segundo mês consecutivo de retiradas (R$ 18,9 bilhões). No ano, as saídas líquidas somam R$ 47,5 bilhões.

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Rentabilidade

Apesar dos resgates superarem os aportes, todos os tipos de fundos de renda fixa tiveram retorno positivo (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Pela primeira vez desde julho, todos os tipos de fundos de ações tiveram retorno mensal positivo. Os destaques ficam com o tipo FMPFGTS, com rentabilidade de 30,5%, e o mono ação (fundos com estratégias de investimento em ações de apenas uma empresa), com retorno positivo de 27,2% em novembro.

No acumulado do ano, oito dos 12 tipos de fundos de ações ainda têm retorno negativo.

Apesar dos resgates superarem os aportes, todos os tipos de fundos de renda fixa tiveram retorno positivo no acumulado do ano até novembro.

O destaque de 2020 foi o tipo dívida externa (podem investir acima de 80% em títulos da dívida externa), cuja rentabilidade acumulada foi de 39,4%. Em novembro, entretanto, o retorno foi negativo em 5,6%.