Fundos de ações e multimercados têm captação líquida de R$ 20,8 bilhões em fevereiro
Se fevereiro foi marcado por incertezas nos cenários doméstico e internacional, além do carnaval, os investidores seguiram atraídos pelos fundos de investimentos.
Durante o mês passado, a captação líquida dos fundos de ações e multimercados chegou a R$ 20,8 bilhões no mês. Os dados foram divulgados pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), nesta sexta-feira.
No ano, as classes acumulam juntas entradas líquidas de R$ 54,8 bilhões, o que representa alta de 111% sobre o mesmo período do ano passado.
O montante também supera em 81,8% o total de ingressos líquidos de toda a indústria de fundos neste ano (R$ 30,1 bilhões), que foi impactada por resgates nos produtos de renda fixa.
Separando as classes, os fundos de ações lideraram os ingressos líquidos pelo quinto mês consecutivo, com R$ 12,8 bilhões, alcançando R$ 36,3 bilhões no ano (alta de 153% sobre o mesmo intervalo de 2019).
Nos multimercados, a captação líquida em fevereiro foi de R$ 7,9 bilhões e de R$ 18,4 bilhões em 2020 (avanço de 59% em relação ao ano passado). Na outra ponta, os fundos de renda fixa tiveram regates líquidos de R$ 2,3 bilhões no mês e de R$ 21,7 bilhões em 2020.
A queda de 8,3% do Ibovespa em fevereiro impactou a rentabilidade dos fundos de ações. O tipo Ações Livres (em que não há compromisso de concentração em uma estratégia específica), encerrou o mês com variação negativa de 6,9% (queda de 5,6% no acumulado do ano).
As perdas na bolsa também refletiram nos retornos dos multimercados: a maior alta foi do tipo Investimento no Exterior (que deve investir parcela superior a 40% do patrimônio líquido em ativos financeiros no exterior), com 0,2% em fevereiro e 3,2% em 2020.
Todos os tipos de renda fixa apresentaram rentabilidades médias positivas no último mês, com destaque ao tipo Investimento no Exterior, com 0,6% (e 2,8% no ano).