Fundo Verde vê acirramento de eleição e zera aposta no real
A Verde Asset Management, gestora de recursos criada por Luis Stuhlberger, espera que o presidente Jair Bolsonaro reduza a desvantagem para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial à medida que o pleito se aproxima.
“Acreditamos que um estreitamento da diferença entre os dois candidatos é bastante provável nos próximos dois meses, num fenômeno típico de incumbente buscando reeleição”, disse a Verde, que tem mais de R$ 36 bilhões sob gestão, em carta a cotistas. “Será interessante acompanhar a leitura dos mercados para tal fenômeno.”
O fundo aproveitou o rali nos índices acionários americanos em julho para reduzir sua alocação em bolsa global, enquanto manteve a posição em ações brasileiras.
Em moedas, o fundo zerou a posição comprada em real via opções.
Pesquisa feita pelo Instituto FSB Pesquisa para o Banco BTG Pactual (BPAC11) divulgada nesta segunda-feira mostrou que Lula tem 41% das intenções de voto em um cenário de primeiro turno, enquanto Bolsonaro soma 34%.
Na pesquisa anterior, o líder petista possuía 44%, ante 31% para o incumbente.
No começo do mês, Stuhlberger disse em evento que o risco de Lula ganhar por uma pequena diferença em relação a Bolsonaro, potencialmente gerando alguma crise nas primeiras semanas após a eleição, não está no preço.
Stuhlberger, que é CEO e diretor de investimentos da Verde, também disse que a bolsa local era “o melhor lugar para se estar” entre os ativos domésticos.
O fundo Verde, carro-chefe da Verde, subiu 1,54% em julho, sustentado por ganhos com bolsa no Brasil e no exterior.
No mesmo período, o índice IHFA, uma cesta de pares, subiu 0,72%, enquanto o CDI teve ganho de 1,03%.
Desde sua criação, em 1997, o fundo tem um retorno de mais de 20.400%.
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