Fundo imobiliário sobe quase 3% após vitória judicial para retomada de fazenda em Mato Grosso

As cotas do fundo imobiliário BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) operam em alta de quase 3% no pregão desta quinta-feira (24), após uma importante vitória judicial envolvendo a “Fazenda JR”, um imóvel localizado em Campo Verde, no Mato Grosso.
Segundo fato relevante divulgado ao mercado, a decisão da Justiça reconhece o direito de propriedade do FII sobre o terreno, que estava sendo ocupado por uma empresa de forma considerada irregular.
A sentença determinou:
- A reintegração de posse do imóvel ao fundo, com a desocupação pela companhia;
- O pagamento de indenização pela utilização indevida do ativo, com base nos valores da escritura de direito real de superfície (DRS), referente ao período entre 6 de setembro de 2023 e a data da desocupação;
- A condenação da empresa ao pagamento de R$ 7 milhões em honorários advocatícios, além das custas e despesas processuais.
Embora a decisão ainda esteja sujeita a recurso, a administradora e a gestora do fundo imobiliário informaram que já começaram os procedimentos para garantir a desocupação do imóvel e a retomada de sua posse.
A valorização nas cotas do BTRA11 reflete o otimismo dos investidores com os desdobramentos dessa vitória judicial, que pode agregar valor significativo ao portfólio. Desde o início de 2025, o fundo já subiu mais de 40% na B3, a Bolsa de Valores brasileira.
Desempenho do BTRA11
Segundo relatório gerencial, o BTRA11 busca rentabilidade e valorização de suas cotas no longo prazo por meio de investimentos em terras agrícolas produtivas (rurais e urbanas) e em fase de transformação ao longo dos principais polos agrícolas do Brasil.
Em março, o fundo apurou receita bruta de R$ 2,32 milhões, equivalente a R$ 0,69 por cota, e um resultado líquido de R$ 2,09 milhões — ou R$ 0,62 por cota.
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O desempenho do mês, de acordo com a gestora, foi impulsionado pelas negociações em torno das parcelas de venda de terras, que resultaram no recebimento de valores corrigidos com juros.
O fundo pagará, no dia 30 de abril, R$ 0,30 de rendimentos por cota, o que representa um dividend yield (anualizado) de 6,3%. Ainda segundo o relatório gerencial, a reserva acumulada para distribuição chegou a R$ 0,60 por cota e será preservada, conforme a estratégia.