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Fundo imobiliário se posiciona após inquilina endividada pedir recuperação judicial

31 ago 2023, 13:10 - atualizado em 31 ago 2023, 13:13
Brinox panela recuperação judicial
Índice de fundos imobiliários reage no fim e se salva em agosto após voltar aos 3.200 pontos; FII atualiza situação de inquilina cheia de dívidas (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 correu atrás e reagiu no fim do mês, marcado pelo primeiro corte da taxa básica de juros (Selic) desde 2020. Desta forma, o Ifix recuperou o fôlego exibido nas semanas anteriores e voltou ao patamar de 3.200 pontos.

Com isso, após ensaiar fechar agosto com desgosto, o índice referência do setor caminha para engatar a quinta valorização mensal seguida.

Por volta das 13h10 (de Brasília), o Ifix subia 0,21% nesta quinta-feira (31), aos 3.215 pontos. No horário, o volume de negócios era levemente lento, acima de R$ 100 milhões. Entretanto, em relação ao volume movimentado no mês, o montante passa dos R$ 5,5 bilhões, sendo o maior desde junho de 2021.



Entre os fundos listados no Ifix, a maior alta era do Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11)– ex SDI Rio Bravo Renda Logística (SDIL11), de mais de 3%.

O FII informou na manhã de hoje que assinou o compromisso de alienar os imóveis Multimodal Duque de Caxias e International Business Park, por R$ 246 milhões, ou R$ 30,26 por cota.

As áreas vendidas, que ficam em Duque de Caxias (RJ), somam 96,1 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) e estão 97,9% ocupado. O TRBL11 diz ainda que a operação deverá gerar um ganho de capital de R$ 64,2 milhões, equivalente a R$ 10,05 por cota.

Em contrapartida, o Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) liderava as perdas no horário acima, de 4,7% e, há pouco, entraram em leilão.

A desvalorização do fundo imobiliário do segmento de cemitério pode estar atrelada à saída do CARE11 do Ifix, conforme prévia da B3 divulgada em meados de agosto. Veja quem sai e quem entra no índice de FIIs.

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Fundo imobiliário se posiciona sobre RJ de inquilina

O fundo imobiliário NewPort Logística (NEWL11) informou ao mercado que tomou conhecimento do pedido de recuperação judicial da fabricante de panelas Brinox.

A empresa com sede no Rio Grande do Sul protocolou o pedido nesta semana e é inquilina de um galpão logístico do FII. 

Contudo, o NEWL11 esclareceu, em comunicado, que a Brinox está sem débitos referente a locação do ativo “Newlog Caxias do Sul”, no interior gaúcho. De modo que a empresa quitou a parcela de julho, vencida em 7 de agosto.

O contrato de aluguel entre o fundo imobiliário e a fabricante de panelas está em vigor desde julho de 2021. No entanto, a NewPort Real Estate, consultora imobiliária do FII, disse que já foi contatada pela locatária e informada que o próximo aluguel será pago em dia.

Além disso, a Brinox garantiu ao fundo que continuará adimplente com suas obrigações contratuais e seguirá operando no imóvel.

Recuperação judicial da Brinox

A Brinox, detida pelo fundo de private equity argentino Southern Cross, acumula dívidas de R$ 326 milhões, que representa uma alavancagem de 13 vezes o seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), segundo informações do Pipeline, site de negócios do jornal Valor Econômico.

A companhia tem duas fábricas no país, uma em Caxias do Sul (RS) e outra em Linhares (ES). Hoje, a Brinox tem 750 funcionários, após uma redução no início deste mês. Antes, a empresa tinha mais de mil colaboradores.