Fundo imobiliário renegocia dívida e calcula ganhos por cota; Ifix empilha derrotas
O fundo imobiliário VBI Prime Properties (PVBI11) informou ao mercado que repactuou uma dívida e, com isso, calcula um impacto positivo financeiro de mais de R$ 1 por cota.
Em comunicado, o fundo explica que a parcela final de R$ 35,5 milhões referente a venda de uma fração da Torre B JK, imóvel localizado no Itaim Bibi, em São Paulo, foi parcelada.
Desta forma, em acordo com o comprador do empreendimento, esse valor será pago em nove parcelas mensais, com a primeira vencendo em 20 de dezembro deste ano. O montante será corrigido pelo índice de inflação (IPCA) no acumulado entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023.
Além disso, as nove parcelas serão corrigidas pelo CDI. Sendo assim, o PVBI11 calcula um ganho financeiro de R$ 1,01 por cota, considerando a correção monetária aplicada e a diluição em nove meses.
O VBI Prime Properties vendeu os escritórios do Complexo JK em dezembro do ano passado, por pouco mais de R$ 237 milhões.
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Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 continua tendo uma semana difícil e ainda não sabe o que é fechar em alta. De modo que o Ifix recua pelo quarto dia seguido no pregão desta quinta-feira (19) e renova as mínimas desde o fim de julho.
Por volta das 12h55 (de Brasília), o índice de FIIs tinha queda de 0,16%, aos 3.169 pontos, renovando as mínimas desde julho. Com a sequência de quedas nesta semana, o Ifix amplia as perdas no mês e abre caminho para fechar desvalorizado, pela primeira vez desde março.
“A leve retomada no curto prazo ainda não foi suficiente para alterar o desempenho da classe de ativos, que entrou na segunda quinzena de outubro no negativo”, comenta a equipe do Trix, aplicativo de investimentos em fundos imobiliários e responsável pelo ITrix, índice setorial de FIIs.
Até o pregão de sexta-feira (13), todos os segmentos de fundos imobiliários acompanhados pelo ITrix estavam em queda no acumulado do mês, com o maior tombo vindo do varejo (-3,56%).
Em meio ao cenário de correção, o volume financeiro segue baixo este mês e, até o horário acima, apenas R$ 60 milhões haviam sido movimentados.
Entre os fundos listados, o RBR Properties (RBRP11) – que vendeu nesta semana sua participação em um ativo na capital paulista – liderava os ganhos no dia, de 1,9%.
Em contrapartida, o fundo imobiliário XP Industrial (XPIN11) tinha a maior queda, de 1,2%.