Fundo imobiliário reduz vacância com aluguel em SP e os efeitos da inflação
O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) informou ao mercado que fechou um contrato de aluguel com a companhia Elgin, fabricante de máquinas de costura, ar-condicionado, entre outros, pelo período de 60 meses (ou cinco anos).
A locação será de três conjuntos do Continental Square Faria Lima, em São Paulo, equivalente a 1,6 mil metros quadrados. A vigência do contrato começa no dia 20.
Segundo o fundo, com o aluguel do espaço, a vacância física cai de 23,3% para 19,5%. Esse contrato deve ter impacto de R$ 0,06 por cota, aproximadamente, considerando o aluguel e despesas de vacância.
Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou em queda pelo quarto dia seguido mantendo-se abaixo do patamar de 2.800 pontos, nível perdido ontem.
Com isso, o Ifix encerrou o pregão desta quinta-feira (09) em queda de 0,21%, aos 2.792 pontos em mais um dia de baixo volume de negócios.
Os 10 FIIs mais negociados na B3 em janeiro
Entre os fundos, o destaque de alta foi o Votorantim Logística (VTLT11), que subiu 1,47%, interrompendo três dias seguidos de queda.
Por outro lado, o Tordesilhas EI (TORD11) foi o que registrou a maior queda no dia, de 2,96%.
Como o IPCA afeta os FIIs?
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje a inflação oficial do país em janeiro, de 0,53%, desacelerando-se em relação a dezembro.
O segmento que mais deve se beneficiar de um IPCA mensal mais alto é o de recebíveis, os CRIs, diz o sócio e gestor de fundos imobiliários da Galapagos Capital, Felipe Solski.
“Esses FIIs conseguem repassar a inflação mês a mês nos seus créditos, considerando a qualidade deles. Eles conseguem aumentar de forma imediata o nível de seus rendimentos, como vimos no primeiro semestre do ano passado”, comenta.
Solski ainda destaca que a inflação mais alta por um período prolongado reflete em alta de preços dos aluguéis de imóveis, dependendo da situação do setor.
Contudo, no curto prazo, há o risco dos fundos imobiliários não conseguirem repassar a inflação de forma imediata, diz o gestor. “Entretanto, no longo prazo, há proteção contra a inflação, com a tendência de que investimentos em imóveis sejam muito positivos em relação à inflação”, reforça.