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Fundo imobiliário recebe proposta para vender dois imóveis, um deles para gigante da Bolsa

27 set 2023, 13:42 - atualizado em 27 set 2023, 13:42
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Índice de fundos imobiliários tenta manter-se acima dos 3.200 pontos após perder marca na véspera; Construtora quer comprar imóvel envolvido em processo judicial (Imagem: Agência Brasil)

O fundo imobiliário BB Progressivo (BBFI11B) recebeu duas propostas de compra de imóveis que pertencem ao seu portfólio. Uma das propostas veio de uma gigante da Bolsa brasilera.

Em comunicado enviado ao mercado ontem (26), o FII disse que a construtora e incorporadora Cury (CURY3) propôs comprar o ativo CARJ, no Rio de Janeiro, por R$ 50 milhões. O pagamento seria realizado em 12 parcelas de pouco mais de R$ 4,1 milhões.

Até março deste ano, o imóvel estava alugado para o Banco do Brasil (BB). No entanto, a locação é alvo de ação judicial e o BB deve aluguéis ao fundo imobiliário.

Tal ação judicial tramita  na 27ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro desde 2020. A dívida supracitada, sem considerar juros, multa e correção monetária, passava dos R$ 15 milhões em abril.

Desta forma, a Cury sinalizou na proposta enviada ao FII que uma das condições para a concretizar o negócio é a “inexistência de qualquer impedimento jurídico e ambiental”, que torne inviável a operação. 

Além disso, a construtora condicionou ao negócio “a viabilidade de água, esgoto, drenagem e iluminação dentro dos parâmetros utilizados para implantação de empreendimentos”.

Venda de imóvel em Brasília

O BBFIB11 recebeu também uma proposta para vender o Edifício Sede 1, em Brasília. O empreendimento fica no setor Bancário Sul.

A compra seria feita pela brasiliense Paulo Octávio Investimentos Imobiliários, empresa que desenvolveu shoppings, hotéis e projetos residenciais na capital federal.

O valor proposto para compra, informou o FII, é de R$ 80 milhões. Contudo, a empresa interessada avaliou o imóvel e constatou que será necessária uma reforma. O orçamento da obra é de R$ 96 milhões.

Atualmente, o imóvel está alugado para o Banco do Brasil, que ocupa uma área de cerca de 30% do edifício. O contrato de locação está vigente até janeiro de 2025. 

Sendo assim, o fundo imobiliário acredita que será difícil renovar o contrato de aluguel com a locatária visto o imbróglio judicial envolvendo as duas partes em relação ao imóvel no Rio de Janeiro.

Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera com ligeira em alta no pregão desta quarta-feira (27), tentando recuperar a marca dos 3.200 pontos perdida na véspera, após quase dois meses.

Com isso, por volta das 13h40 (de Brasília), o Ifix tinha leve alta de 0,04%, aos 3.200 pontos. O volume financeiro era normal para o horário, acima dos R$ 160 milhões.



Entre os fundos listados no índice, o RBR Properties (RBRP11) liderava os ganhos no horário acima, de quase 5%. Em contrapartida, o Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11) puxava as quedas, de 2,9%, após despencar mais de 7% mais cedo e as cotas entrarem em leilão.

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