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Fundo imobiliário recebe dinheiro extra e o melhor mês do ano caminha para o fim

31 maio 2023, 12:48 - atualizado em 31 maio 2023, 12:48
fundos imobiliários prédios
Índice de fundos imobiliários opera em alta e caminha para encerrar maio com o melhor desempenho desde agosto de 2022 (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O fundo imobiliário GGR Copevi (GGRC11) informou ao mercado que recebeu ontem (30) uma indenização no valor de R$ 838,5 mil da Sompo Seguros.

Em comunicado, o fundo explica que o pagamento refere-se a seis meses de locação indenizável em razão de um sinistro, de fevereiro de 2022, no imóvel locado para a Covolan Indústria Têxtil, no interior de São Paulo.

Com isso, o montante recebido da seguradora representa um rendimento extraordinário de R$ 0,10 por cota. Porém, segundo o GGRC11, esse valor refletirá na redução dos valores em aberto de aluguel que estão em execução judicial face da empresa e seus fiadores.

O GGR Copevi diz que a indenização foi apurada por metro quadrado aplicado sobre a totalidade da área afetada pelo sinistro, tendo como base o aluguel vigente à época.

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Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera em alta nesta quarta-feira (31), o pregão derradeiro de maio. O mês foi positivo para o Ifix, no qual fechou com sinal positivo em 18 dias de negócios, sendo 16 seguidos, recuou em apenas dois, enquanto ficou estável em um.

Com esse desempenho tão favorável, o índice de FIIs caminha para encerrar maio com valorização de mais de 5% sendo, a princípio, a maior alta percentual mensal desde agosto do ano passado. Além disso, o Ifix chegou aos 3 mil pontos, patamar que não alcançava desde outubro de 2022.

O sócio e diretor executivo da gestora Empírica, Roberto Sampaio, avalia que os fundos imobiliários sentiram os efeitos da queda das taxas futuras de juros em meio ao avanço na condução na política fiscal do país.

“O mercado já começa a enxergar um cenário melhor, mais baixo de taxa de juros. E como os FIIs estão atrelados a esse cenário, há uma expectativa mais promissora”, comenta.

Contudo, ele acrescenta que, com a redução de incertezas futuras, o mercado tem se mostrado mais disposto a investir mais em fundos imobiliários.

No entanto, o bom desempenho do Ifix no mês é puxado pelos fundos de papel. Segundo Sampaio, com a decisão da justiça de garantia aos CRIs envolvidos na falta de pagamento da Gramado Parks (GPK) e com a “questão encaminhada”, os FIIs de recebíveis tiveram um desempenho favorável.

Sendo assim, o Devant Recebíveis (DEVA11) lidera os ganhos do mês e caminha para fechar com salto de 39%, após os tombos de março e abril. O Hectare CE (HCTR11) sobe até o momento mais de 30%, enquanto o Versalhes Recebíveis (VSLH11) deve fechar maio com valorização perto de 25%.

Por sua vez, o Tordesilhas EI (TORD11) tem o quinto melhor desempenho entre fundos de papel, com ganhos de 15%.

FIIs de destaque no dia

Por volta das 12h45 (de Brasília), o Ifix subia 0,11%, aos 3.006 pontos, acima do patamar de 3 mil pontos pelo oitavo pregão seguido. O volume de negócios ainda é morno, abaixo dos R$ 80 milhões.



Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) registrava a maior alta, de mais de 2%. Em contrapartida, após despencar 10% ontem, o REC Renda Imobiliária (RECT11) liderava as perdas de hoje, com queda de 2,9% no horário acima.

Investidores seguem reagindo negativamente a operação de amortização de CRIs para a aquisição do Edifício Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O que deverá impactar o caixa do fundo e, consequentemente, reduzir a distribuição de dividendos em mais de 25%. Passando de R$ 0,54 por cota nas distribuições anteriores para R$ 0,40 por cota em meio às mudanças na operação, anunciadas na segunda-feira.