Fundo imobiliário reajusta aluguéis e estima impacto nas cotas; entenda

O fundo imobiliário HSI Logística (HSLG11) anunciou, nesta sexta-feira (11), a assinatura de dois aditivos aos contratos de locação com as Casas Bahia (BHIA3) para os galpões em Contagem (MG) e São José dos Pinhais (PR).
O objetivo das renegociações, segundo a gestora, é aproximar os valores às condições praticadas no mercado das respectivas regiões, preservar a receita total de locação e iniciar o processo de transformação dos ativos em galpões multiusuários.
Na prática, além de ajustar os valores dos aluguéis, os aditivos abrem espaço para que parte da área locada possa ser ofertada a terceiros, reduzindo a concentração de receita vinda das Casas Bahia ao longo do tempo.
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Ajustes nos contratos de aluguel da HSLG11
No caso do galpão de São José dos Pinhais, que tem 74.200m², o valor do aluguel foi reajustado de R$ 13,00 para R$ 18,50 por metro quadrado, passando a valer a partir de abril de 2025.
Além disso, até 44% da área total (32.753 m²) poderá ser sublocada para novos inquilinos. Caso a nova ocupação se concretize, o valor do aluguel das Casas Bahia será reduzido proporcionalmente ao fundo imobiliário.
No entanto, se a locação a terceiros não ocorrer, o contrato atual permanece em vigor até junho de 2030 sobre a área total.
Já no galpão de Contagem (MG), de 92.000 m², o valor do aluguel mensal foi reduzido de R$ 35,98 para R$ 30,00 por metro quadrado, também a partir de abril de 2025.
A renegociação inclui a possibilidade de locação de até 35 mil m² (38% da ABL) para novos ocupantes, com os mesmos termos de compromisso firmados em São José dos Pinhais. O contrato desse imóvel com as Casas Bahia tem validade até junho de 2028.
Impactos financeiros, maior diversificação
Com as mudanças, o fundo imobiliário HSLG11 terá uma redução mensal de R$ 138 mil na receita de locação, o que representa cerca de R$ 0,01 por cota, o equivalente a 1% da receita total do fundo.
Em contrapartida, a gestão avalia que a abertura de espaço para novos inquilinos trará mais diversificação.
Segundo a administradora, caso isso aconteça, a participação das Casas Bahia na receita do portfólio poderia reduzir de 33,2% para aproximadamente 20,6%, uma queda de 12,6 pontos percentuais na concentração.
Atualmente, todos os galpões do HSLG11 apresentam aluguéis próximos ou abaixo dos valores praticados no mercado, cenário que, para a gestora, abre espaço para potenciais reajustes positivos na receita.
