Fundo imobiliário negocia venda de 9 imóveis e pode ter lucro de R$ 7,08 por cota; IFIX renova máxima histórica
Os fundos imobiliários TRX Real Estate (TRXF11) e TRX Real Estate II (TRXB11) assinaram um memorando de entendimentos (MOU) para a venda de nove imóveis comerciais por cerca de R$ 672 milhões, segundo comunicado divulgado ao mercado.
Os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar, como Carrefour, Assaí e Grupo Mateus, e incluem unidades em estados como São Paulo, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Pará.
O acordo foi firmado com uma gestora de recursos descrita como “referência no mercado” e prevê um período de exclusividade para que o potencial comprador realize as análises necessárias antes da conclusão do negócio. A expectativa da administração é que os contratos definitivos sejam assinados em até 120 dias.
Estrutura do pagamento
Do valor total negociado, 65% serão pagos à vista, enquanto os 35% restantes serão quitados em até cinco anos. A partir do recebimento do sinal, o comprador passará a ter direito integral aos aluguéis dos imóveis.
De acordo com a TRX Investimentos, o montante acordado representa um prêmio de 5,5% em relação aos últimos laudos de avaliação dos ativos.
Impacto financeiro
Caso a transação seja concluída nos termos atuais, a expectativa é de um lucro líquido de cerca de R$ 230 milhões para o TRXF11, o equivalente a R$ 7,08 por cota, considerando a sua participação no TRXB11. Já o TRXB11 pode registrar um lucro aproximado de R$ 73 milhões, ou R$ 19,49 por cota.
Vale ressaltar que o TRXF11 é controlador e maior investidor do TRXB11.
A operação deve gerar uma taxa interna de retorno (TIR) de 15% ao ano, segundo a gestora. Os valores, no entanto, são estimativas e não representam garantia de distribuição ou rentabilidade futura.
Além disso, a venda tende a reduzir a alavancagem dos fundos, com a liquidação de CRIs usados no financiamento dos imóveis.
Ainda de acordo com a TRX, a transação está alinhada à estratégia de capturar ganhos de capital, gerar caixa para novos investimentos, possibilitar pagamentos extraordinários aos cotistas e ampliar a diversificação das receitas.
IFIX volta a subir e renova máxima
Ainda no mercado de FIIs, o IFIX, principal índice da indústria na bolsa de valores, voltou a subir e encerrou a quinta-feira (18) aos 3.697,11 pontos, com alta de 0,28%, renovando sua máxima histórica.
Agora, o indicador avança 1% no acumulado do mês de dezembro e soma valorização de 18,64% em 2025.
Destaques do último pregão (18)
O RECR11 liderou as altas do dia, com valorização de 2,55%. Na sequência, apareceram o KORE11, que avançou 1,97%, e o XPSF11, com ganho de 1,92%.
| Ticker | Variação | Último (R$) |
|---|---|---|
| RECR11 | +2,55% | 80,50 |
| KORE11 | +1,97% | 72,50 |
| XPSF11 | +1,92% | 6,38 |
| BPML11 | +1,65% | 84,49 |
| LIFE11 | +1,64% | 8,07 |
Do outro lado, o CCME11 liderou as baixas do dia, com recuo de 0,80%. Em seguida, apareceram o MANA11, que caiu 0,78%, e o WHGR11, com baixa de 0,77%.
| Ticker | Variação | Último (R$) |
|---|---|---|
| CCME11 | -0,80% | 8,67 |
| MANA11 | -0,78% | 8,90 |
| WHGR11 | -0,77% | 9,06 |
| BTAL11 | -0,71% | 79,93 |
| HGRU11 | -0,69% | 125,82 |