Fundo imobiliário dono de shopping interditado após acidente calcula perdas

O fundo imobiliário BTG Pactual Shoppings (BPML11) informou ao mercado que está calculando os impactos da interdição do Osasco Plaza Shopping, na Grande São Paulo, após o acidente ocorrido no imóvel na tarde de ontem (8).

Parte do teto do empreendimento desabou. Segundo o Corpo de Bombeiros, a laje onde fica o estacionamento do shopping caiu sobre a praça de alimentação.

Com isso, carros também caíram após o teto ceder. Ninguém ficou feriado. Ontem mesmo, a prefeitura de Osasco cassou o alvará de funcionamento e interditou o imóvel por tempo indeterminado. O local passa por perícias.

Segundo o fundo imobiliário, logo que tiver estimativas sobre o impacto do acidente e da interdição “momentânea”, informará aos cotistas. Em janeiro, a receita líquida do shopping representou 10,5% da receita líquida total do BPML11.

O BTG Pactual Shoppings adquiriu participação de 39,6% no Osasco Plaza em 2019, diz reportagem do Seu Dinheiro. A fatia pertencia à BR Malls, que fez fusão no ano passado com a Aliansce Sonae (ALSO3). O fundo imobiliário é acionista investidor junto à B7 Participações.

O shopping é o mesmo que foi palco de uma tragédia em junho de 1996. Uma explosão provocada por um vazamento de gás no subsolo da praça de alimentação matou 42 pessoas e deixou mais de 300 pessoas feridas. O shopping foi inaugurado em abril de 1995.

Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou mais uma vez em queda no pregão desta quinta-feira (09). Com isso, o Ifix perdeu pela segunda vez em um mês a marca de 2.800 pontos.

Leia também

Mercados

Ibovespa cai aos 131 mil pontos com Vale (VALE3) e Wall Street ‘fraca’ e recua quase de 2% na semana; dólar sobe a R$ 5,52

Dólar

Dólar ganha força e fecha a R$ 5,52 com fraqueza de commodities e decisão sobre juros no Japão

O índice engatou a quarta queda seguida e encerrou em queda de 0,24% (após ajustes), aos 2.792 pontos, em dia de volume de negócios mais baixo.

• Entre para o Telegram do Money Times!
  Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Entre os fundos imobiliários, o destaque de alta foi o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) ao disparar 4,18% na sessão.

Por outro lado, o Hectare CE (HCTR11) foi destaque novamente entre quedas e fechou com desvalorização de 4,85%. Com isso, o fundo empilhou o quarto recuo seguido e tem a maior desvalorização da semana, de 15,6%.

Outro FII que destacou-se no lado das perdas foi o Hedge Office (HOFC11), que chegou a recuar mais de 5%. Porém, próximo ao fim dos negócios, reduziu a queda para 2,37%, devolvendo praticamente todo o ganho de 2,39% exibido ontem, o maior entre os fundos que compõem o Ifix.

O HOFC11 pagará na terça-feira (14) dividendos de R$ 0,11 por cota. No início da semana, o fundo anunciou também que fechou contrato de aluguel de dois andares de um prédio em São Paulo. A locação terá impacto de mais de 5% nas receitas do fundo, ou R$ 0,02 por cota.