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Fundo imobiliário despenca 10% com redução de dividendos; Veja qual

30 maio 2023, 12:09 - atualizado em 30 maio 2023, 12:09
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Índice de fundos imobiliários recua puxado por FII que deve reduzir dividendos após mudanças em operação de CRIs (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e muito utilizado para reajustar contratos de aluguéis de imóveis, registrou em maio queda de 1,84%, ante -0,95% em abril. Com isso, o indicador acumula perdas de 4,47% nos últimos 12 meses e taxa negativa de 2,58% em 2023.

Entre os indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,72% este mês, ante queda de 1,45% em abril. Em contrapartida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,48%, de +0,46% no mês passado.

No entanto, dentro do IPC, o item aluguel residencial desacelerou-se de +1,31% em abril para +0,97% em maio. Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou positivamente 0,40% no mês, ante o resultado anterior de alta de 0,23%.

“A deflação registrada no índice ao produtor [-2,72%], a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente um quarto do peso total do IPA”, comentou o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz.

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Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera em queda nesta terça-feira (30), Ontem, após forte volatilidade ao longo do pregão, o Ifix também fechou com sinal negativo.

Por volta das 12h05 (de Brasília), o índice de FIIs recuava 0,10%, aos 3.004 pontos, operando acima do nível dos 3 mil pontos pelo sétimo pregão seguido.



Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, o que mais subia no horário acima era o Santander Renda de Aluguéis (SARE11), 1,1%.

Por outro lado, o REC Renda Imobiliária (RECT11) tombava 10,4%, com as cotas entrando em leilão na primeira hora de negócios.

Ontem, o fundo imobiliário anunciou mudanças na operação de securitização do saldo devedor referente à aquisição a prazo do Edifício Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O FII explicou que será feita uma amortização extraordinária de R$ 7,6 milhões. Além disso, haverá dispensa da obrigação do fundo de realizar os depósitos trimestrais que estavam previstos para junho e setembro deste ano e, como consequência, fica cancelada a amortização extraordinária prevista para setembro.

No comunicado, o RECT11 explica que terá uma concessão de carência de 12 meses, contados a partir de julho deste ano, para o pagamento da amortização dos CRIs.

O fundo ainda realizará um pagamento pontual de juros e atualização monetária de R$ 3,9 milhões no mês que vem. Por fim, será feito pagamentos mensais de juros e atualização monetária de R$ 1,3 milhão ao longo de 12 meses de carência de amortização.

O REC Renda Imobiliária disse ainda que os pagamentos mencionados no parágrafo anterior a este são despesas
financeiras caixa. Portanto, o resultado caixa mensal será reduzido. Sendo assim, estima-se que o novo patamar de distribuição mensal de rendimentos fique em torno de R$ 0,40 por cota a partir de maio.

Contudo, o valor representa queda de mais de 25% em relação aos pagamentos anteriores de R$ 0,54 por cota.