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Fundo de US$ 450 bi dono do PSG quer clube na Premier League

17 jan 2023, 14:15 - atualizado em 17 jan 2023, 14:15
PSG
Dono do PSG procura novas oportunidades de investimento no futebol (Imagem: © Aurelien Meunier/PSG)

CEO de fundo soberano de US$ 450 bilhões do Catar disse que pretende usar as turbulências econômicas para reequilibrar o seu portfólio. A declaração foi feita durante entrevista para a Bloomberg TV, em painel do Fórum Econômico Mundial.

Na mira de Mansoor Al Mahmoud, que ocupa a chefia do fundo desde 2018, estão oportunidades em empresas de tecnologia, instituições financeiras e particularmente clubes esportivos.

Através da subsidiária Qatar Sports Investments (QSI), a QIA se tornou dona da Paris-Saint Germain (PSG) e detém cerca de 20% do Sporting Clube Braga, time de Portugal.

Agora, o fundo soberano quer aproveitar a desvalorização da libra esterlina ante o dólar para aportar investimentos em um time da Premier League, transformada na liga mais cara do mundo.

Segundo a imprensa britânica, as conversas mais avançadas ocorrem com o clube londrino Tottenham Hotspur. A negociação envolveria uma aquisição de 15% do time, gerando uma entrada de até 300 milhões de libras esterlinas no orçamento do departamento de futebol.

Vale salientar que, pelas regras da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA), não é permitido que a QSI tome posição majoritária no Tottenham, uma vez que o grupo já é proprietário do PSG.

Mas o fundo catari não visualiza oportunidades apenas na Europa: times na América do Sul também estão no radar em 2023.

Sobre essa linha de investimentos,  Mansoor Al Mahmoud disse: “Essa é uma decisão dirigida por aspectos comerciais. O esporte está se tornando um tema muito importante; as pessoas estão se tornando mais engajadas e a digitalização está o tornando mais atrativo para investidores..

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Dona do PSG enfrenta acusações de ‘sportswashing’

Com o aumento da influência da QIA/QSI no futebol europeu, tem crescido também críticas do uso de investimentos em esportes como forma de ‘mascarar’ o histórico do país no que concerne violações de direitos humanos.

As acusações se tornaram ainda mais fortes durante a Copa do Mundo de 2022, quando as autoridades do país proibiram que seleções entrassem em campo com braçadeiras de apoio à comunidade LGBTQIA+.

Na oportunidade, organizações ativistas da Europa também denunciaram o Catar pela morte de centenas de trabalhadores na preparação do evento esportivo.

A compra de 70% do PSG pela QSI, um ano após à escolha do Catar como país-sede, fez de Nasser Al-Khelaifi, presidente do fundo e do clube parisiense, uma figura relevante nos bastidores do futebol internacional, assumindo cargos de liderança na UEFA e na Associação de Clubes Europeus.

 

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