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Fundo de US$ 18 bi aposta em mais caos aéreo com ativos baratos

30 jul 2022, 20:00 - atualizado em 29 jul 2022, 12:17
Setor Aéreo
A SVPGlobal está aumentando sua equipe de especialistas para buscar mais negócios no setor e ampliar a atuação em toda a cadeia de suprimentos (Imagem: Christian Petersen/Getty Images)

Um dos maiores nomes do investimento em ativos sob estresse está prestes a expandir sua aposta no setor de aviação, à medida que uma nova onda de caos atinge as companhias aéreas em todo o mundo.

Depois de gastar US$ 2,5 bilhões em investimentos relacionados a aeronaves nos últimos 18 meses, a SVPGlobal está aumentando sua equipe de especialistas para buscar mais negócios no setor e ampliar a atuação em toda a cadeia de suprimentos, disse o fundador Victor Khosla.

O fundo de US$ 18 bilhões, que se concentra em crédito privado e ativos sob estresse, prevê turbulências contínuas que atingirão companhias aéreas que já enfrentam escassez de pessoal e altos custos de combustível após uma pandemia avassaladora para o setor.

A SVP adquiriu cerca de 30 aviões de entidades falidas durante a pandemia, com cerca de 20 provenientes da reestruturação da Latam Airlines.

Após adquirir a empresa de leasing Deucalion Aviation este mês, a SVP espera gerar retornos comprando, vendendo e alugando aviões e fornecendo peças e serviços para companhias aéreas.

“Com a Deucalion, agora temos a capacidade de um gerenciamento completo de aeronaves”, disse o investidor, em entrevista.

As companhias aéreas sofreram um profundo choque financeiro quando as restrições iniciais da pandemia mataram a demanda, e muitas lutaram para se recuperar mesmo quando as viagens foram retomadas.

O pior dano foi no crédito privado e nos empréstimos diretos, disse Khosla.

“Na parte privada do setor, a dívida apanhou muito”, disse Khosla.

“Estávamos comprando de bancos de todo o mundo.”

O mercado de dívida privada consiste em financiamentos feitos diretamente a empresas por indivíduos ou grupos de gestores de ativos.

Existe pouca transparência em relação ao valor atual dessas dívidas, pois elas são negociadas em mercados de balcão e os detentores são isentos de exigências de divulgação.

Mas a derrocada das companhias aéreas ficou evidente em uma série de falências que continuam até hoje.

As vítimas incluem Avianca, Philippine Air e Norwegian Air, que entrou com pedido de falência na Irlanda.

Este mês, a escandinava SAS se juntou ao grupo.

Algumas já saíram da falência e a demanda por viagens aumentou.

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