Fundo de pensão sueco lança campanha de investimento sustentável
A Alecta, um fundo de pensão sueco com cerca de US$ 110 bilhões sob gestão, quer reforçar o peso do investimento ativo para pressionar empresas do portfólio a serem mais éticas.
Carina Silberg, que comanda a divisão de governança corporativa e sustentabilidade – áreas recentemente unidas -, diz que sua equipe analisa dados para descobrir exatamente o que as empresas do portfólio estão fazendo no que diz respeito aos padrões ambientais, sociais e de governança, conhecidos pela sigla ESG em inglês.
Se forem identificadas “grandes lacunas”, uma “ação direcionada” virá em seguida, disse em entrevista de Estocolmo. A ideia é instruir empresas e provocar mudanças, segundo Silberg.
A Alecta diz que a fusão das duas equipes vai deixar a unidade mais sincronizada com as outras partes do negócio, ao mesmo tempo que introduz um controle mais proativo sobre as cerca de 100 empresas do portfólio. Historicamente, o fundo de pensão afirma que tem sido mais reativo em relação às questões ESG.
Mas os desafios permanecem, e dados climáticos precisos estão provando ser “um dos maiores problemas” para a Alecta, disse um porta-voz da empresa em comentários por e-mail.
A análise de emissões do Escopo 3 – aquelas produzidas por clientes de um cliente e fornecedores – mostrou que estimativas de terceiros muitas vezes subestimam dados relatados por uma empresa.
Rede mais ampla
Neste mês, a Alecta planeja aumentar drasticamente o público que recebe seu relatório sobre as práticas ESG das empresas do portfólio, disse Silberg.
A empresa de pensão sueca realizará, pela primeira vez, uma live de seu relatório anual, convidando equipes de relações com investidores e diretores de sustentabilidade, por exemplo.