Fundamentos puro sangue das commodities agro deverão ficar atrelados à guerra e economia
Pelo menos para as três commodities agrícolas mais movimentadas no mundo, a segunda (17) vai atrelar as negociações dos mercados futuros à disposição da Rússia em manter aceso o acordo para as exportações da Ucrânia e o ambiente que cercará o dólar cotado com várias outras divisas.
Fundamentos ‘puro sangue’ ainda deverão ter influência reduzida nas cotações da soja e um pouco mais nas do milho, repetindo o quadro da semana e, sobretudo, da sexta.
Para o trigo, a questão ucraniana impacta o balanço de oferta.
Perdeu mais de 30 pontos na última sessão de Chicago, para ficar em US$ 8,59 no dezembro, quando Vladimir Putin voltou a aceitar conversar com a Turquia, fiadora do acordo sobre o corredor do Mar Negro.
E desde sábado os russos também afirmaram que irão parar com os ataques maciços sobre o país invadido.
O cenário, se mantido, deve pressionar o cereal, dependendo do suporte que o dólar poderá dar. Mais forte, como na sexta, tende a ser pior para as cotações.
A soja sentiu o peso da fuga de recursos dos ativos de risco e a demanda chinesa, informada da Argentina e dos Estados Unidos – inclusive com a perspectiva do USDA de crescer mais de 7% na temporada sobre as vendas americanas – não ajudou em nada. Até rendimentos menores na colheita americana não deram escada. Na sexta recuou 0,88%, a US$ 13,83 no vencimento de novembro.
O clima no Brasil, em trabalho em plantio, fica em foco.
Em relação ao milho, o peso do relatório do governo dos EUA, sob o cenário de oferta menor no país, foi mitigado pela frágil demanda global. A desaceleração econômica é impactante, não apenas sobre o mercado de rações como no de energia, onde o grão tem papel refletido pela demanda do etanol nos EUA.
E Igualmente ao trigo, o certo de grau de relaxamento na questão ucraniana ajudou fazer com que o preço cedesse 1%, para US$ 6,90, no contrato do mês 12.
A segunda está em aberto.
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