Fundadores da Empiricus apontam caminhos para investidor lucrar na volatilidade em 2025

Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden, fundadores da Empiricus, participaram do Giro do Mercado desta segunda-feira (30)

Com o ano de 2024 sendo marcado por alta do dólar, questões fiscais e ruídos políticos, aumentam as incertezas sobre o que esperar para o próximo ano de 2025 no cenário macroeconômico do Brasil, segundo Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden, fundadores da Empiricus.

Para Miranda, que também é CEO da Empiricus, o próximo ano deve ser marcado pela volatilidade nos mercados, devido às instabilidades políticas no Brasil.  Ele inclusive aponta que o investidor pode utilizar esse momento para lucrar com oscilações de curto prazo.

Amstalden diz que apesar de algumas Small Caps terem sido prejudicadas em esse ano, as ações com menos liquidez na Bolsa ainda podem ser uma boa oportunidade, já que negociam a múltiplos bem descontados. “Algumas estão mais baratas do que na era Dilma”, ressalta.

Amstalden também enfatiza a necessidade de evitar empresas com alta alavancagem financeira, especialmente aquelas que estão com relação dívida líquida/Ebitda de 12 meses acima de 2,5 vezes. Isso porque há uma grande chance de que a geração de caixa seja consumida pelos juros das dívidas, acompanhando a Selic. “Acima de uma alavancagem de 3 vezes, por exemplo, eu nem olharia”, disse.

Miranda diz que a recomendação para 2025 é manter posições mais defensivas, optando por títulos pós-fixados, dólar, bitcoin e “não desistir do kit Brasil”, estendendo o horizonte de investimentos até o final de 2026. “Não é a volatilidade que a gente tem que evitar, e sim a perda permanente de capital”, ressaltou.