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Fundador de Terra (LUNA) é convocado para audiência na Coreia do Sul sobre colapso da rede

17 maio 2022, 8:58 - atualizado em 17 maio 2022, 8:58
Terra LUNA
Autoridades financeiras da Coreia do Sul analisarão as decisões de corretoras cripto durante a queda de Terra. (Imagem: Crypto Times)

O político sul-coreano Yun Chang-Hyun solicitou uma audiência parlamentar sobre a rede Terra, após as criptomoedas da rede terem colapsado na semana passada, informou o jornal local Newspim, nesta terça-feira (17).

“Deveríamos trazer oficiais de corretoras relacionadas, incluindo o CEO de Terra, Do Kwon, que se tornou um problema recente, à Assembleia Nacional para atender a uma audiência sobre a origem da situação e medidas para proteger investidores”, disse supostamente Chang-Hyun em uma reunião do plenário, hoje, do Comitê de Assuntos Políticos, da Assembleia Nacional.

A crise de Terra começou no dia 7 de maio, quando a stablecoin algorítmica da rede — TerraUSD (UST) — começou a perder sua paridade ao dólar.

Nos dias seguintes, UST desabou abaixo de US$ 0,10 e ainda está sendo negociada nesse nível. O token de governança de TerraLUNA — também derreteu na semana passada, e está atualmente cotado a uma fração de centavo.

Chang-Hyun também quer que corretoras de criptomoedas se responsabilizem por suas decisões durante a queda dos tokens de Terra.

“Coinone, Kornit e Gopax interromperam as negociações [dos tokens de Terra] no dia 10 de maio, Bithumb, no dia 11 de maio, mas Upbit não parou de negociar até o dia 13 de maio”, disse ele.

“Upbit foi a última a parar de negociar, até mesmo depois do colapso (…). Somente nesses três dias, a empresa recebeu 10 bilhões de won [US$ 7,8 milhões] em comissões”, acrescentou Chang-Hyun.

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“Inspeções de emergência”

Outro portal de notícias sul-coreano, Yonhap News Agency, informou nesta terça-feira que as reguladoras financeiras locais lançaram “inspeções de emergência” em corretoras de criptomoedas locais para melhorar a proteção aos investidores depois da queda dos tokens da rede Terra.

A Comissão de Serviços Financeiros (FSC) e o Serviço de Supervisão Financeira (FSS) da Coreia do Sul supostamente pediram que corretoras cripto compartilhassem informações sobre transações ligadas aos tokens de TerraUST e LUNA — incluindo seus volumes negociados e a quantidade de investidores relevantes.

As duas agências regulatórias também pediram que as corretoras de criptomoedas fornecessem suas contramedidas ao colapso de UST e a análise de cada uma delas sobre o que causou a queda.

“Na semana passada, autoridades financeiras pediram por dados sobre a quantidade de transações e investidores, e avaliaram as medidas relevantes das corretoras”, disse um funcionário anônimo de uma corretora cripto local ao Yonhap.

“Acredito que elas fizeram isso para estabelecer medidas para minimizar o dano a investidores no futuro”, acrescentou.

Terra tem proposta de bifurcação

Apesa da crise, Terraform Labs, a companhia por trás da rede, espera recuperar a confiança do público após o derretimento de LUNA e UST.

Ontem (16), Do Kwon, que também é CEO de Terraform Labs, apresentou uma proposta para ressuscitar Terra por meio de uma bifurcação (“fork”) em seu blockchain, o que criaria uma nova rede blockchain. A proposta será colocada em votação amanhã (18).

Os investidores de Terra começaram a mostrar apoio à bifurcação da rede. Su Zhu, da Three Arrows Capital, disse em um tuíte: “Terra2 em breve”.

Por outro lado, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, disse que não acredita que a bifurcação de Terra funcionará, porque não irá gerar um novo valor.

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