Justiça

Fundador de grupo “Cowboys por Trump” é considerado culpado em segundo julgamento por invasão ao Capitólio

22 mar 2022, 15:43 - atualizado em 22 mar 2022, 15:43
Congresso EUA
O juiz concluiu que Griffin é culpado de entrar em uma área restrita, protegida pelo Serviço Secreto dos EUA, mas o liberou das acusações de conduta desordeira (Imagem: REUTERS/Leah Millis)

Um comissário de um condado do Estado norte-americano do Novo México que fundou um grupo chamado “Cowboys por Trump” foi considerado culpado por um juiz nesta terça-feira de invadir o Capitólio dos Estados Unidos durante o ataque do dia 6 de janeiro de 2021, uma segunda vitória consecutiva para o Departamento de Justiça do país.

Após um julgamento de dois dias sem júri, o juiz distrital norte-americano Trevor McFadden, do Distrito de Columbia, disse que o réu, Couy Griffin, é culpado de uma das duas contravenções pelas quais é acusado.

A decisão do juiz impulsiona uma teoria importante de procuradores em centenas de casos relacionados. Eles argumentam que o terreno do Capitólio era estritamente proibido para os manifestantes no dia 6 de janeiro de 2021, e que aquilo deveria ser aparente para os milhares de apoiadores de Donald Trump que o invadiram naquele dia, em uma tentativa de impedir que o Congresso confirmasse a eleição do presidente democrata Joe Biden.

O juiz concluiu que Griffin é culpado de entrar em uma área restrita, protegida pelo Serviço Secreto dos EUA, mas o liberou das acusações de conduta desordeira.

McFadden disse que Griffin não deveria ter escalado paredes e entrado na área do Capitólio, mas disse que Griffin era inocente da acusação de conduta desordeira já que ele nunca tentou inflamar o público no Capitólio ou se engajou em episódios de violência.

McFadden marcou uma audiência de sentença para Griffin, que pode enfrentar até um ano de prisão.

Antes da turba invadir o Capitólio, Trump fez um discurso forte no qual afirmou falsamente que sua derrota na eleição era resultado de fraudes generalizadas, uma acusação rejeitada por vários tribunais, autoridades eleitorais estaduais e por seu próprio governo.