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Fundador da extinta BitConnect é acusado de fraudar US$ 2,4 bilhões em esquema Ponzi

26 fev 2022, 11:19 - atualizado em 26 fev 2022, 11:19
O fundador da BitConnect, uma extinta corretora cripto, foi acusado de fraudar US$ 2,4 bilhões em esquema Ponzi (Imagem: Freepik)

Um grande júri federal indiciou o fundador da extinta corretora cripto BitConnect, Satish Kumbhani, por supostamente fraudar US$ 2,4 bilhões por meio de um esquema “Ponzi” com criptomoedas.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) anunciou, ontem (25), que o grande júri federal de San Diego condenou Kumbhani por conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude eletrônica, conspiração para cometer manipulação de preço de commodity, operação de uma empresa não licenciada de transferência monetária e conspiração para cometer lavagem de dinheiro internacional.

Por meio do “Programa de empréstimos” da BitConnect, Kumbhani e seus colaboradores supostamente fraudaram investidores em US$ 2,4 bilhões.

Segundo o DOJ, executivos e promotores da BitConnect afirmavam que a tecnologia de negociação da empresa era um meio de gerar lucros significativos e garantir retornos aos investidores, mas, ao invés disso, usaram os investimentos para pagar investidores mais antigos, no formato de um esquema “Ponzi”.

Esquema de fraudes “Ponzi” se refere ao esquema no qual investidores antigos são pagos por meio de recursos retirados de novos investidores.

A acusação também alega que Kumbhani coordenou uma rede de promotores da BitConnect para aumentar rapidamente o preço da BitConnect Coin, e além de ter evadido as regulações financeiras dos Estados Unidos para evitar investigações.

Kumbhani poderá receber uma sentença de até 70 anos de prisão, se for condenado por todas as acusações. O fundador da BitConnect é um cidadão indiano, e continua foragido, segundo o DOJ.

Além disso, Kumbhani enfrenta um caso civil à parte, apresentado pela Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC, a CVM americana), o qual foi iniciado pela reguladora em setembro do ano passado.

A reclamação alega que o programa de empréstimos da BitConnect constituía uma oferta de ativos fraudulenta e não registrada.

O processo da SEC juntou-se a outros casos contra representantes e promotores da BitConnect, alguns dos quais já resultaram em julgamentos que os obrigaram a pagar milhões de dólares.

As autoridades americanas buscaram por potenciais vítimas nos últimos anos, à medida que elaboravam o caso contra os executivos e promotores da empresa.

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