Funcionários do Google (GOOGL) fazem petição por mudanças na política de aborto
Mais de 650 funcionários da Alphabet, dona do Google (GOOGL), estão exigindo que a empresa ofereça benefícios de procedimentos de aborto a terceirizados, suspenda doações a políticos antiaborto e proteja melhor os usuários contra desinformação relacionada ao aborto e solicitações policiais.
As exigências foram enviadas esta semana em uma petição a executivos vista pela Reuters. Os trabalhadores refletem preocupações em todos os Estados Unidos desde que uma decisão da Suprema Corte em junho levou ou levantou a possibilidade de novas restrições ao aborto e cuidados reprodutivos em mais da metade dos 50 Estados.
O Google se recusou a comentar a petição, organizada pelo Sindicato de Trabalhadores da Alphabet.
Muitas empresas, incluindo o Google, estabeleceram políticas para ajudar funcionários que buscam procedimentos de abortos.
Os funcionários da Alphabet disseram que trabalhadores temporários e terceirizados também devem receber esses benefícios, como reembolso de viagens para Estados onde o procedimento permanece legal.
Milhares de trabalhadores vivem em Estados que restringem o aborto, estimou Alejandra Beatty, gerente de programa técnico da subsidiária de saúde da Alphabet, Verily, e colíder da petição.
A Alphabet, que emprega mais de 174 mil pessoas em todo o mundo, disse que, embora defina alguns padrões, não pode ditar totalmente as políticas de fornecedores externos.
Além disso, a petição diz que a companhia não deve direcionar contribuições políticas para grupos e candidatos que fazem campanha para restringir o acesso ao aborto.
Os funcionários escrevem que as pesquisas de usuários sobre aborto no Google “nunca devem ser salvas, entregues às autoridades ou tratadas como crime”.
O Google disse que continuará a combater os pedidos da polícia por informações de usuários que considerar excessivas.
Os trabalhadores também ecoaram as demandas de defensores do aborto que há anos dizem que o site de pesquisa deve remover os resultados de pesquisa de centros de gravidez, que tentam convencer as pessoas a desistir do procedimento. O Google disse que remove resultados enganosos que são relatados.
Beatty disse que a Alphabet deveria considerar a proteção dos direitos reprodutivos uma batalha existencial, como fez com a Covid-19, e convocar uma força-tarefa para supervisionar as mudanças nos produtos.
“Estamos procurando uma resposta abrangente”, disse ela.
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