Funcionários da Deere aprovam proposta de trabalho e encerram greve nos EUA
Funcionários da Deere & Co., fabricante de máquinas agrícolas, aprovaram uma proposta de trabalho na quarta-feira, 17, por uma margem de 61% a 39%, segundo o sindicato United Auto Workers (UAW). A aprovação colocou fim à greve que já durava mais de um mês.
Os trabalhadores votaram uma terceira oferta de contrato, que havia sido elaborada por negociadores no fim da última semana, depois de duas ofertas anteriores terem sido rejeitadas.
A oferta prevê um aumento na remuneração da produção básica em cerca de 4%, bônus e melhorias no financiamento de pensões ante uma oferta recusada em 2 de novembro.
A companhia informou que alguns funcionários retornarão aos seus postos nesta quinta-feira. “Estamos dando a oportunidade de eles ganharem salários e benefícios que são os melhores em nossos setores”, disse o presidente-executivo da Deere, John May, em um comunicado.
Os trabalhadores que retornarem às fábricas receberão um aumento imediato de 10% e cada um receberá um bônus de US$ 8,5.
Aumentos salariais adicionais de 5% serão oferecidos em 2023 e 2025, e bônus no valor de 3% do salário anual dos trabalhadores serão concedidos nos outros três anos.
Greve
Funcionários abandonaram seus empregos em 14 de outubro na primeira greve contra a Deere em 35 anos. Ao recusar propostas anteriores, os funcionários em greve disseram que a empresa deveria fornecer maiores aumentos e expansões de benefícios em um momento em que as vendas de equipamentos da empresa são as mais fortes em anos.
A recuperação da economia agrícola está sendo alimentada por uma alta nos preços das principais commodities agrícolas, como milho e soja. Isso está aumentando a renda dos agricultores e impulsionando os mercados de terras e equipamentos.
A produção nas fábricas da Deere desacelerou durante a paralisação, quando a empresa destacou supervisores e funcionários não sindicalizados para distribuir peças de reposição e máquinas completas que foram montadas.