Fuja das pirâmides financeiras! 7 dicas para não cair na conversa do fraudador
Estruturadas em níveis, as pirâmides financeiras são compostas pelo fraudador no topo da estrutura e pelos investidores, que compõem os demais degraus. O primeiro, com a promessa de altos lucros, convida um grupo de pessoas para aplicar dinheiro em algum investimento. Estes passam a integrar a pirâmide e, conforme vão ficando, convidam investidores novatos, que acabam ocupando a base da pirâmide.
O esquema fraudulento das pirâmides financeiras tem várias características em comum e, por isso, podem ser desmascaradas. Veja as dicas elaboradas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) para não cair nessa armadilha:
1 – “Efeito Halo”
A tática de vender a imagem de investidores bem-sucedidos e milionários, chamada de “Efeito Halo” pelas finanças comportamentais, é amplamente utilizada para chegar a novos membros.
2 – Viés de especialização
Essa dica diz especificamente sobre o discurso utilizado pelos fraudadores, que se auto denominam especialistas.
“O discurso é centrado na história de que eles ganharam muito dinheiro, que eles dominam as técnicas e que a riqueza não foi acumulada por acaso”, explica Aquiles Mosca, presidente do Comitê de Educação da Anbima.
3 – Corra, é por tempo limitado
Assim como os comerciantes no varejo, os fraudadores atraem clientes vendendo a ideia de que tal investimento é valioso, de uma oportunidade única.
4 – Traga a família e os amigos
Segundo Mosca, um dos principais sinais de que você pode estar entrando no esquema da pirâmide financeira é a recomendação para chamar novas pessoas para participar. “Geralmente o investidor é avisado sobre a necessidade de convidar familiares e amigos logo no começo do esquema. Esse pedido é reforçado ao longo da vida útil da pirâmide”, ressalta o presidente.
5 – Promessas, promessas
Lembre-se de que o ato de investir normalmente está atrelado ao risco. Portanto, fique atento caso alguém apareça prometendo grandes retornos sem riscos ou com riscos muito baixos dentro de um curto período.
6 – Falta de registro de distribuição
As pirâmides não têm instrumento financeiro legítimo e regularizado. Isso porque a maioria funciona à margem do sistema financeiro e do mercado de capitais.
7 – Depósito em conta pessoal
Pedir a transferência de recursos para a conta corrente pessoal ou para uma conta bancária de uma empresa sem registro de distribuição de investimentos é outro indício de fraude. “É o equivalente a passar um cheque em branco para o fraudador”, compara Mosca.