FTX, corretora de derivativos de cripto, apresenta futuros de petróleo bruto
Os contratos de futuros de petróleo da FTX expiram com o preço à vista do petróleo bruto WTI, mais US$ 100, ou seja, a corretora acrescenta US$ 100 para cada contrato caso o preço à vista fique negativo.
Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da FTX, contou ao The Block que a corretora teve “muita demanda” por futuros de petróleo e, assim, decidiu fornecê-los.
“Havia muita demanda mesmo. Foi o produto mais pedido pela maioria de nossos usuários”, afirmou ele.
Usuários precisam passar pelo nível de “conheça seu cliente” (KYC, na sigla em inglês) para negociar futuros de petróleo.
Além disso, não devem ser residentes dos EUA, da Inglaterra, da União Europeia, dos Emirados Árabes Unidos, do Canadá, de Hong Kong, de Cingapura, do Camboja, da Turquia e da China, com base em seus detalhes de KYC ou endereços de IP.
Já que a maioria dos países não permitem a negociação, Bankman-Fried disse: “é provável a maioria do interesse venha da Ásia”.
Atualmente, os futuros de petróleo têm um mês de validade, apesar de a FTX possa alterar isso com base na demanda, afirmou ele.
Pensando no futuro, FTX também planeja lançar, “em breve”, tokens baseados em futuros de petróleo.
Lançada em maio de 2019, a FTX parece estar rapidamente apresentando novos produtos nos últimos meses.
Na semana passada, a corretora lançou dois novos tokens ligados à volatilidade de preço do bitcoin. Em fevereiro, a FTX lançou contratos futuros de reeleição para Donald Trump e outros candidatos à presidência dos EUA.
Existem cerca de 35 funcionários trabalhando na FTX e a equipe da corretora está crescendo em torno de 10% por mês, contou Bankman-Fried ao The Block, acrescentando que a meta é duplicar a equipe para 70 no próximo ano,
FTX é apoiada por investidores bem-conhecidos, incluindo Binance e Consensus Lab. A corretora arrecadou mais de US$ 8 milhões até agora por meio de uma venda de tokens em 2019. Em fevereiro, a FTX buscava levantar entre US$ 15 e US$ 30 milhões por meio de uma venda de capital próprio.
Bankman-Fried disse ao The Block que a pandemia do coronavírus desacelerou a venda de capital próprio, mas que “estamos mais próximos do objetivo apresentado e prometido”.