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Frutas da época registram queda de preço no atacado, mostra Conab

17 dez 2021, 15:14 - atualizado em 17 dez 2021, 15:14
No caso do pêssego, a boa produtividade na safra deste ano tenderá a manter os valores mais acessíveis, com algumas reduções sendo observadas já em novembro (Imagem: Pixabay/u11116 / 101)

Lichia, uva e pêssego são boas opções de fruta para quem busca economizar neste momento. É o que aponta o 12º Boletim Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta sexta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com o documento, como a colheita da lichia produzida nacionalmente ocorre entre o fim de um ano e início de outro, neste período há um aumento na oferta do produto o que tende a trazer reduções nos preços comercializados no atacado.

Tendência que já pode ser observada na Central de Abastecimento de São Paulo (Ceagesp). Em novembro, as cotações da fruta registraram queda em torno de 52% enquanto a oferta teve forte aumento, em relação a outubro.

A análise realizada pela Conab sobre a comercialização de frutas e hortaliças nas principais Centrais de Abastecimento do País mostra, ainda, que a uva deve chegar aos mercados com preços acessíveis, sem disparada.

“O volume da produção nacional deverá aumentar com o início das safras de Louveira/Indaiatuba (SP), Porto Feliz (SP) e Marialva (PR) em novembro e isso pode ser prenúncio de bons preços ao consumidor ou pelo menos estabilidade em dezembro”, pondera o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho.

No caso do pêssego, a boa produtividade na safra deste ano tenderá a manter os valores mais acessíveis, com algumas reduções sendo observadas já em novembro.

A ameixa nacional deve apresentar preços mais atrativos do que o produto importado, segundo a Conab.

Cenário semelhante para a romã, na qual a boa produção nacional deve em alguma medida contrabalançar um pouco, em termos de preços, a fruta vinda do exterior.

Já cereja, figo e mirtilo apresentam tendência de elevação nas cotações. O comportamento de alta é explicado pela valorização do dólar que impacta no preço pago pelo produto importado, ou ainda no custo de produção dessas frutas.

Exportações

Os embarques de frutas em 2021 atingiram um novo recorde até novembro. No acumulado entre janeiro e novembro deste ano, o total de frutas frescas enviadas ao exterior foi de 1,11 milhão de toneladas, volume maior em 19,62% em relação ao mesmo período do ano anterior, com faturamento de US$ 1,09 bilhão, 21,47% acima daquilo que foi computado até novembro de 2020.

Destaque para os envios de mangas, melões, limões e limas, melancias, bananas, maçãs, uvas e mamões.

Hortaliças

No mercado de hortaliças, no mês de novembro, houve alta nas cotações da alface e da cebola em todos os mercados atacadistas estudados, diz a Conab.

Houve redução da oferta da folhosa, principalmente em função das chuvas e redução da área plantada. A cotação da cebola, registrou declínio da oferta em todas as regiões do País, com exceção do Sul.

No mercado de hortaliças, no mês de novembro, houve alta nas cotações da alface e da cebola em todos os mercados atacadistas estudados, diz a Conab (Imagem: Pixabay/k-e-k-u-l-é)

A batata, a cenoura e o tomate não tiveram comportamento uniforme de preço.

A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

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