Agronegócio

Frio não abalou preço do boi, apesar da baixa liquidez da segunda

08 jul 2019, 17:08 - atualizado em 08 jul 2019, 17:16
Oferta de boi está mais restrita aos confinadores e por isso geadas não afetam os preços (Imagem: Pixabay)

Mesmo sendo um dia de baixa liquidez no mercado físico do boi, com os dois lados testando preços, se o efeito geada tivesse sido sentido em maior profundidade haveria tido certo recuo na finalização média das referências. Já não tem oferta de pastos à vontade, mesmo com as indústrias exibindo folga nas compras, e poucos precisam correr vendendo às pressas.

No geral, a @ nesta segunda (8) se comportou alinhada com a sexta, quando o frio já havia chegado ao Sudeste e Centro-Oeste e alguma geada já havia sido constatada.

Ainda deverá haver pressão dos frigoríficos, tentando juntar o máximo de boi na liquidação e esticar mais as escalas de abates, de olho na chegada da entressafra. Quem pode, só vai comprar boi novo para agosto, principalmente os grandes grupos.

Juca Alves, de Barretos (SP), conta que o Minerva está lotado com fornecimento de dois grandes confinadores de Frutal (MG). Tudo boi a termo, negociado há mais tempo.

Mas a originação já está mais difícil em São Paulo e outras regiões produtoras para entrar na programação do mês que vem.

Duas das consultorias que fazem levantamento de preços diários, a Scot e a Agrifatto, confirmam estabilidade na abertura da semana.

A primeira mapeou R$ 155,00 no à vista e R$ 157,00 com 30 dias, em termos médios – considerando que sempre há negócios abaixo e acima. E viu tudo igual que na sexta inclusive no Mato Grosso do Sul, saindo de R$ 140,00, em Três Lagoas, na fronteira com São Paulo, onde ainda te mais oferta, a R$ 142,00 em Dourados, mais ao Sul, com a disponibilidade menor porque os pastos se acabaram há mais tempo.

Em Goiás, Mato Grosso e Minas a @ também ficou de lado.

Na Agrifatto, a média da primeira oferta dos frigoríficos paulistas acompanhou o fechamento da semana passada, em R$ 154,45. Em Goiás idem, a R$ 141,50. Só no Mato Grosso do Sul a consultoria registrou perda residual, de 10%, de R$ 142,79, acima da média da Scot.

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