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Frimesa quer crescer até 15% em 2025 e vê ‘tendência inevitável’ com criação da MBRF e listagem da JBS nos EUA

24 jul 2025, 16:46 - atualizado em 24 jul 2025, 16:49
frigoríficos empresas carnes
(Foto: Divulgação)

O presidente executivo da cooperativa Frimesa, Elias José Zydek, 4.ª maior empresa do Brasil no setor de suínos, atrás apenas da Seara (JBS), Aurora e BRF (BRFS3), espera que a companhia encerre 2025 com faturamento de R$ 7,16 bilhões em 2025, avanço de 15,48% ante os R$ 6,2 bilhões de 2024.

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Na suinocultura, a empresa detém 7,8% de participação no mercado nacional e neste ano a Frimesa está entrando com maior intensidade nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apesar de estar presente em todo o Brasil. A cooperativa abate 15 mil animais por dia, conta com 1.100 produtores de suínos e destina 75% da sua produção de carne ao mercado externo.

Há dois anos, a Frimesa inaugurou uma planta que ganha escala ano após ano, e a expectativa é dobrar o número de abates até 2032, atingindo 12,5% – 13% de participação na suinocultura nacional.

“Hoje, abatemos 5 mil suínos e vamos atingir 7 mil em 2026. Nós vamos chegar bem perto da Seara em 2032 com 13% de market share“, diz Zydek.

Em contraste com o leite, o CEO ressalta que o Brasil é “o país mais competitivo do mundo” no setor de suínos, com um custo médio de produção em torno de US$ 1/kg, inferior ao custo dos EUA (US$ 1,15/kg), da Europa (€ 1,6/kg) e China (US$ 1,4/kg).

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A vantagem se dá pela posição de destaque do país na produção de commodities como soja, farelo de soja, milho e sorgo, já que 78% do custo com suínos é alimentação.

A ‘tendência inevitável’ no mercado de carnes

Quando perguntado sobre o processo de fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3), assim como a listagem da JBS (JBSS32) nos EUA, Zydek disse enxergar uma tendência inevitável.

“Apesar de termos um tamanho menor, não temos como não olhar para os direcionadores, os líderes de mercado. Eu acredito que na nossa atividade, nos últimos 5 anos, se iniciou um processo de concentração, e nas ‘condições de jogo’, isso é inevitável. No Brasil, seis ou sete empresas vão dominar 80% do mercado da proteína animal. Esse é o desenho que nós enxergamos”.

Zydek ainda salientou que o Brasil é campeão na criação de desvantagens competitivas, com impostos altos, o segundo maior juro do mundo e instabilidade cambial.

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“Com esse juro atual, já estamos sentindo que não houve investimentos na cadeia produtiva. Temos questões ambientais difíceis no campo e na indústria para produzir, assim como problemas de infraestrutura logística e instabilidade da rede elétrica”

Ele diz ainda que o Brasil enfrenta problemas de comunicação e de conectividade.

“Do que adianta falarmos de Inteligência Artificial (IA) se não temos estabilidade de rede? Essas questões travam o desenvolvimento sustentável da economia da proteína animal”.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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