Mercados

Frigoríficos têm forte queda com China forçando descontos

22 jan 2020, 16:48 - atualizado em 22 jan 2020, 16:48
Carne de porco
O maior impacto é sentido nas indústrias de pequeno e médio porte (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

As ações dos principais frigoríficos brasileiros operam com forte queda e lideram as perdas do Ibovespa nesta quarta-feira. A edição de hoje do Valor Econômico informou que o movimento dos contratos chineses de carne bovina importada do Brasil levou alguns frigoríficos a trabalhar com margens negativas nas exportações.

Por volta das 11h05, as ações da Marfrig (MRFG3) perdiam 4,94% a R$ 11,74, as da JBS (JBSS3) 3,56% a R$ 29,02 e os da BRF (BRFS3) 2,82% a R$ 34,43. Foram do Ibovespa, a Minerva (BEEF3) recuava 5,65% a R$ 14,36.

De acordo com a publicação, a esperança do setor é que depois do Ano Novo Chinês, o mercado o país comece a equilibrar, ainda como reflexo de um cenário de restrição na oferta de carne suína.

O maior impacto é sentido nas indústrias de pequeno e médio porte, com o humor atual estando bem longe da euforia de poucos meses, quando os preços da carne bovina começaram a disparar de forma quase ilimitada.

A jornal informa que considerando as vendas para a China, o resultado está no vermelho no caso de uma indústria brasileira.

No auge, a margem de contribuição chegou a 20%, mas os novos contratos e os renegociados embutem uma margem de 8% a 9%. “No final, dá um resultado líquido negativo”, lamentou a mesma fonte ao Valor.

Segundo a reportagem, desde dezembro, os importadores chineses impõem descontos de pelo menos US$ 1 mil por tonelada sobre cargas que já estavam no mar e até mesmo nos portos do país.

Há relatos de pedidos de US$ 2,5 mil, deságio significativo.

Com isso, o Valor aponta que a avaliação geral é que a disparada dos preços no fim do ano levou a carne bovina a níveis fora da realidade – na China e também no Brasil. Nesse cenário, a demanda demonstrou resistência.

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