Frigoríficos podem ceder à pressão do varejo e boi sairá do espaço da resistência
O andamento do modelo clássico de comercialização dos frigoríficos no mercado interno, que pondera preços dos quartos traseiros, dianteiro e ponta de agulha, vai ser o balizador do preço do boi gordo nos próximos dias, que vinha suportando bem as ofertas mais baixas das indústrias.
O boi casado, ou carcaça casada, está sob pressão de ajuste negativo por parte dos frigoríficos, que estão encontrando resistência para escoar a carne neste período do mês. O auxílio emergencial passa longe da protéina bovina.
A consultoria Agrifatto reporta que sentimento das indústrias nessa direção.
O mercado atacadista está travado nos R$ 19 a R$ 19,20 o kg e depois de dias nesse patamar, a segunda quinzena do mês chegando está impondo resistência do varejista comprador.
Até pela surpresa do indicador Cepea, que na quarta desceu dos R$ 312 para os R$ 307,70, recuando 1,4% sobre os negócios da terça em São Paulo, deixa sinais de que a pressão aumentou na originação.
Havia expectativa de que o boi tinha chegado a um ponto de queda na @ que suportaria novas tentativas de pressão dos frigoríficos, como, inclusive, noticiou Money Times.
Nesta quinta (12), as referências da Agrifatto, R$ 304, e da Scot, R$ 299,50, permanecerem estáveis no mercado à vista, como no dia anterior
Já o Balizador GPB Datagro, também da quarta, trouxe uma leve alta, de 0,13% para São Paulo, em R$ 310, após três dias seguidos de recuos.