Frigoríficos pedem que trabalhador do setor seja priorizado em vacinação no Brasil
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que representa empresas como a Minerva (BEEF3), solicitou a inclusão dos trabalhadores do setor na lista de grupos prioritários para vacinação imediata contra a Covid-19, disse a entidade em comunicado nesta sexta-feira.
A Abrafrigo disse ter feito a solicitação em cartas enviadas aos ministérios da Saúde e Agricultura. Nenhuma das pastas pôde responder de imediato a pedidos de comentários sobre o assunto.
“A maior vulnerabilidade da indústria de carnes, em face do trabalho intensivo, ambientes fechados e climatizados, exige a intercessão dos ministérios junto às secretariais estaduais de saúde para que procedam à imediata vacinação desta classe industrial”, defendeu a associação.
A medida poderia beneficiar cerca de 2 milhões de pessoas diretamente empregadas por processadoras de carnes bovina, suína e de aves no Brasil, segundo estimativas da Abrafrigo.
As exportações de carne do Brasil geraram 17 bilhões de dólares em vendas no ano passado. De acordo com dados do governo, a carne é a segunda commodity agrícola de exportação mais importante do país atrás somente da soja, com 28,5 bilhões de dólares em vendas em 2020.
A Abrafrigo disse ao governo que os trabalhadores de frigoríficos estão entre os “mais vulneráveis” ao novo coronavírus.
No ano passado, a crise sanitária afetou fortemente as unidades de processamento de carnes do Brasil, levando algumas delas a interromper produção enquanto os funcionários eram testados, o que gerou proibições para vendas à China, principal importadora da commodity.
Apesar das interrupções, a indústria de carnes continuou comercializando grandes volumes nos mercados doméstico e global, ajudando o país a seguir entre os maiores fornecedores de carnes do mundo.