Frigoríficos na contramão do Ibovespa: JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) ganham R$ 16,502 bi em maio; hora de comprar?

Depois de um mês de maio fraco para o Ibovespa, quando o índice tombou 3,04%, 3 frigoríficos listados na B3 tiveram um mês de forte altas na bolsa brasileira.

JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) avançaram 23,04%, 19,37% e 10,07%, respectivamente.

Na visão de Pedro Fonseca, analista de Agro, Bebidas e Alimentos na XP Investimentos, as ações de BRF e JBS tiveram uma performance positiva, refletindo fortes resultados que vieram acima das expectativas do mercado.

“A Marfrig, como controladora da BRF, reportou resultados em linha com as expectativas, mas surfou a performance de BRF. Após forte performance dos papéis, acreditamos que o mercado entre em compasso de espera quanto a esses ativos, embora os fundamentos continuem encorajadores para os frigoríficos”, comenta.

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Entre os fundamentos favoráveis, estão os custos favoráveis para frango e carne bovina no Brasil, principalmente porque a demanda tanto doméstica quanto internacional permanece sólida.

Frigoríficos ganham bilhões em valor de mercado

Segundo levantamento Elos Ayta Consultoria, a JBS foi a segunda empresa com maior crescimento de valor de mercado em maio na B3, em R$ 11,9 bilhões, atrás apenas do Nubank (ROXO34), que teve um incremento de R$ 25,895 bilhões.

Com esse desempenho, a JBS ficou na décima terceira posição entre as empresas mais valiosas da B3. Somados, os três frigoríficos ganharam R$ 16,502 bilhões em valor de mercado.

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Recomendações da XP para as ações

A XP conta com recomendação de compra para JBS e BRF, com a BRF sendo a top pick (ação favorita) da corretora no setor de alimentos e bebidas.

Recentemente, a XP ainda revisou suas projeções BRFS3, elevando o preço-alvo, já que a acredita que o segundo trimestre de 2024 (2T24) servirá como catalisador para revisões de lucros, mantendo o momentum que sustentou o forte desempenho das ações do frigorífico desde o 4T23.

Para a Marfrig, no entanto, em vista de uma acomodação mais rápida do que o previsto nas margens da América do Norte, além de um início de ano mais difícil para a América do Sul, rebaixou sua recomendação de compra para neutro, já que prevê um momento desagradável no curto prazo, traduzindo-se em uma alavancagem desconfortável de 4,0x ND/EBITDA para 2023YE.